Page 31 - ALTERADO 7 completo
P. 31

31


                  relação  de  adição.  Temos  dois  conectores  aditivos:  e  (para  adição  das

                  unidades positivas) e nem (para as unidades negativas).
                         Vejam-se os exemplos extraídos do Marquês de Maricá:

                        O velho teme o futuro e se abriga no passado.
                        Uma  velhice  alegre  e  vigorosa  é  de  ordinário  a  recompensa  da

                         mocidade virtuosa.

                        A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia.
                        Não emprestes o vosso nem o alheio, não tereis cuidados nem receio.


                         Conjunções  alternativas  —  Como  o  nome  indica,  enlaçam  as

                  unidades  coordenadas  matizando-as  de  um  valor  alternativo,  quer  para
                  exprimir  a  incompatibilidade  dos  conceitos  envolvidos,  quer  para  exprimir

                  equivalência deles. A conjunção alternativa por excelência é ou, sozinha ou

                  duplicada a cada unidade:
                        "Quando a cólera ou o amor nos visita, a razão se despede" [MM].


                         Conjunções  adversativas  —  Enlaçam  unidades  apontando  uma

                  oposição entre elas. As adversativas por excelência são mas, porém e senão.
                  Ao contrário das aditivas e alternativas, que podem enlaçar duas ou mais

                  unidades, as adversativas se restringem a duas. Mas e porém acentuam a

                  oposição; senão marca a incompatibilidade:
                        "Acabou-se o tempo das ressurreições, mas continua o das insurreições"

                         [MM].




                  Artigo. Do lat. artĭcŭlu-, por meio das seguintes alterações, artĭcŭlu- > artĭgŭlu-

                  > artigoo > artigo: “articulação; membro; dedo; membro da frase”. Raiz indo-

                  europeia: ar- (‘colocar’, ‘ajustar’). Para o dicionário terminológico português,
                  é  o  determinante  que  é  utilizado  para  indicar  o  grau  de  definitude  ou

                  especificidade do nome que precede.

                         Para a gramática de Dionísio Trácio, “artigo é uma parte casual do
                  enunciado, preposta ou posposta à flexão dos nomes” (OLIVEIRA, 2011, p.

                  30); sendo que o grego antigo só admitia o artigo indefinido, em função de

                  sua racionalidade funcional, já que o artigo era compreendido como a parte
                  da oração que articulava o texto com alguma informação já dada, daí o
   26   27   28   29   30   31   32   33   34   35   36