Page 70 - Nos_os_bichos
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decidiu que o melhor seria treinar mais um tempo, até se sentir realmente apto a ir a uma nova entrevista. Assim
fez.
Estava muito nervoso, claro, mas sentia-se mais confiante do que nunca. Tinha evoluído, tinha aprendido
que a melhor estratégia é insistir no trabalho. Mal podia acreditar quando lhe disseram que tinha sido aceite!
Foi assim que o nosso elefante entrou num dos maiores circos do país, onde fez vários amigos e onde
aprendeu muito.
Nesse dia, o elefante foi ter com o seu amigo cavalo para lhe contar que tinha entrado para o circo.
-Olá, amigo. Queria falar contigo, porque tenho uma notícia muito boa para te dar.
-Diz, amigo, o que se passa?
- Entrei para um dos maiores circos do país!
-Parabéns! Vês, eu tinha razão! Nunca devemos desistir dos nossos sonhos, pois, um dia, conseguimos
concretizá-los.
Com tudo o que lhe aconteceu, o elefante percebeu que, quando se tem um sonho, não devemos desistir,
devemos ter sempre esperança de que um dia vamos conseguir. E, claro, trabalhar muito!
Inês dos Santos B.
A preguiça dos coelhos
Era uma vez uma família de coelhos que vivia numa floresta com outros animais.
Nessa floresta havia muitas flores coloridas, muitas árvores e até uma cascata muito
grande.
Os coelhos não gostavam muito de trabalhar, então roubavam a comida aos outros
animais, sem eles darem conta.
Como o inverno estava a chegar, tinham de recolher mais comida.
Num domingo à tarde, decidiram ir roubar aos outros animais.
-Hoje toda a gente vai recolher comida, temos que aproveitar! Não vamos morrer à fome!- disse o
Roberto, que era um dos mais preguiçosos e mandriões.
-Mas como vamos fazer isso, sem eles darem conta?- perguntou a Matilde.
-Vamos separar-nos e cada um traz o máximo possível!- ordenou o Roberto.
Apesar de todos os planos, os coelhos acabaram por não conseguir roubar nenhuma comida.
Chegou o inverno e, com ele, os primeiros pingos de chuva, o frio e a fome, muita fome! Nenhum dos
outros animais tinha pena deles, pois tinham descoberto que eles os roubavam.
Assim, estes perceberam que tinham de se esforçar por arranjar alimentos e que a preguiça só lhes trazia
dissabores!
A partir desse inverno, nunca mais roubaram!
Inês Ferreira
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