Page 26 - Cabalá Hermética
P. 26
CABALÁ | CABALÁ HERMÉTICA | SEÇÃO 01 – A CABALÁ, A FILOSOFIA E A TRADIÇÃO HERMÉTICA
Platônica de Florença, Cosimo de Medici (1389-1464), Marsílio Ficino (1433-1499), tradutor das obras de Platão, Plotino, Proclo, Jâmblico e, principalmente, o texto fundamental do hermetismo, o Corpus Hermeticum.
Como consequência do trabalho pioneiro de Ficino, inúmeros autores começaram a captar a noção de uma profunda unidade interior entre a antiga sabedoria do Oriente, a filosofia platônica e a teologia cris- tã, dentre eles Giovanni Pico della Mirandola (1463-1494), Johannes Reuchlin (1455-1522) e Heinrich Cornelius Agrippa (1486-1535) que praticamente definiram o que hoje chamamos de Cabalá Cristã.
2.2. A Renascença
Representação do Inferno de Dante Alighieri
A Cabalá que se estabelece fortemente no século XV, às vezes chamada Cabalá do Renascimento ou Cabalá Filosófica, surgiu no Renascimen- to entre eruditos cristãos como uma conciliação entre o Cristianismo e determinados aspectos ocultos do Judaísmo. Em outras palavras, é a Cabalá Cristã que vai fazer o elo entre a Cabalá Hebraica, abrindo-a para outras vertentes – entre elas, a que apresenta a grafia Qabbalah, a Kabbalah na Tradição Hermética.
Os estudos cabalísticos, nesta vertente hermética, ou ainda tratada como Cabalá Judaico-Cristã, buscavam auxiliar os pensadores renascentistas a estudar melhor a cosmogonia (compreensão do surgimento do mundo,
26