Page 28 - Cabalá Hermética
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CABALÁ | CABALÁ HERMÉTICA | SEÇÃO 01 – A CABALÁ, A FILOSOFIA E A TRADIÇÃO HERMÉTICA
Johannes Reuchlin (1455-1522) foi um renascentista alemão e profes- sor de grego e hebraico, sendo uma das maiores referências do ensino desses idiomas em sua época. Isso o aproximou dos estudos da Cabalá hebraica. Seu contato com esses ensinamentos modificou totalmente sua maneira de enxergar sua jornada rumo à compreensão da “realidade universal”. Tal qual Pico della Mirandola, passou a buscar na tradição cabalística maneiras de ampliar sua visão dos vários planos existenciais, pensadas, emanadas e criadas a partir do plano divino. Estudou de ma- neira singular o Zohar. Posteriormente, ele (Reuchlin, 1993) escreveu em seu livro De Arte Cabbalistica:
Meu professor Pitágoras, o pai da filosofia, tomou seus ensinamentos de Kabbalistas... ele foi o primeiro a traduzir a palavra Kabbalah, desconhecida de seus contemporâneos, para a palavra grega filosofia... a Kabbalah não nos permite viver nossas vidas no pó, mas eleva nossas mentes à altura do conhecimento.
Há vários pensadores que deveríamos mencionar nesta aula, mas como se trata apenas de uma visão introdutória que busca dar um contexto para o surgimento da Cabalá Hermética, vamos finalizar esse apanhado dos pensadores renascentistas mencionando as contribuições de Corne- lius Agrippa (1486-1535).
Agrippa foi um intelectual muito polêmico e era um escritor influente do esoterismo da Renascença. Interessou-se por magia, ocultismo, al- quimia, astrologia e demais “artes ocultas” do esoterismo ocidental. Sua dedicação aos estudos da arte alquímica, dos ensinamentos herméticos e Cabalá culminou com a fundação de uma classe de estudos que inte- grava vários amigos e colegas pensadores em Paris, o que lhe atribuiu o título de “Príncipe dos Magos”.
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