Page 30 - Cabalá Hermética
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CABALÁ | CABALÁ HERMÉTICA | SEÇÃO 01 – A CABALÁ, A FILOSOFIA E A TRADIÇÃO HERMÉTICA
Fundou, algum tempo depois, uma ordem não maçônica, mas composta exclusivamente por maçons, a “Ordem dos Cavaleiros Elus Cohen do Universo – Ordem dos Cavaleiros Maçons, Sacerdotes Eleitos do Uni- verso”. Esta Ordem tinha como principal vertente o estudo da Cabalá e da Magia Ritualística. Dentre todas as ordens maçônicas do Iluminismo que surgiram na França, durante o século XVIII, nenhuma tem tanta influência quanto a que surgiu com Pasqually, denominada posterior- mente como “Martinezismo”.
Representação estilizada da Cruz Rosacruz
Eliphas Levi (1810 – 1875) foi, provavelmente, um dos maiores ocul- tistas do século XIX. Afirmava que era preciso ler os textos sagrados em níveis mais profundos, a fim de descortinar os ensinamentos que, de fato, interessam ao místico. Para ele, a leitura superficial de tais escritos não desvela toda a verdade, mas se esse estudo for completo, ele pode conduzir os neófitos com segurança em uma suposta senda esotérica existencial, uma vez que ele fala de um Deus que pode apenas ser alcan- çado por meio do desprendimento e do movimento para o “nada”, uma visão de “unidade” bastante cabalística. Para ele (Levi, 2005), o processo de retorno ao plano divino se faz, inexoravelmente, a partir do desapego das paixões ilusórias da vida material. Tal desprendimento, portanto, le- varia o homem ao estágio necessário da plena iluminação. Eliphas Levi escreveu duas obras muito importantes para os estudos cabalísticos de seu tempo: As Origens da Cabalá (1869) e Os Mistérios da Cabalá (1861).
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