Page 79 - Cabalá Hermética
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CABALÁ | CABALÁ HERMÉTICA | SEÇÃO 03 – A ÁRVORE DA VIDA E A QUEDA ADÂMICA
cesso de reconquista da condição de “Homem Celestial”, resultado final de um caminho evolutivo do conjunto dos seres humanos que ainda pre- cisam viver a vida encarnada na matéria. A tradição cabalística vai falar desse caminho de iluminação como a “reconquista do corpo glorioso” ou a “reconquista do corpo de luz”. Muitos perguntam: O que seria esse "cor- po glorioso”? A Cabalá vai nos explicar que esse corpo de luz se refere ao corpo que arquetipicamente era de Adão Kadmon. Na verdade, trata-se do corpo espiritual – da força vibracional – com o qual o “Espírito da Hu- manidade”, ainda UNO e completo, se expressava no seio da eternidade.
Quando a Cabalá estuda o caminho da Árvore da Vida de baixo para cima ela busca especialmente delinear essa jornada do ser de retorno ao seu estado original. Essa busca incansável do ser nas estradas que o levam à ascensão espiritual é representada pelos caminhos entre as sephiroth da árvore. O ser sublimado, iluminado, poderá ter acesso aos níveis superiores da Árvore da Vida. Ele(a) consegue equilibrar todas as expressões de fre- quência vibratória que pulsam no Universo Criado, no Cósmico; em toda a Realidade Universal, mesmo nos planos sutis do Absoluto. Por isso é que no terceiro módulo deste curso EAD – voltado para a Cabalá Meditativa – faremos diversas atividades para nos harmonizar com essas frequências vibratórias e essas forças cósmicas expressas na Árvore da Vida e tudo isso será de muito valia para o místico que busca sua regeneração interior, seu autoconhecimento e sua caminhada no processo de iluminação espiritual.
3.5. Os Planos Interiores do Ser Humano
A Cabalá também nos ensina muito, não apenas sobre o “Homem Ori- ginal”, mas igualmente o ser humano em seu estado atual, encarnado nesta existência terrena. Ela irá demonstrar que esse Homem Terreno tem uma constituição tríplice, como se o ser fosse portador de três pla- nos e se manifestar em três “vidas” distintas. Podemos dizer que há a vida do corpo, com sua multidão de desejos e instintos e com todo o seu maravilhoso funcionamento. Alguns cabalistas denominam este aspecto do homem como Nephesch, a alma animal — a expressão de sua natu- reza que se finca em seus instintos, como o instinto de sobrevivência, o instinto de procriação, o instinto de proteção, etc.
Depois, a Cabalá vai buscar estudar na complexidade humana a sua per- sonalidade — o Ruach, um “EU” constantemente mutável e inquieto, que conhecemos e pelo qual somos conscientes de nós mesmos: o nosso EGO. Ruach terá sua expressão na subjetividade de cada um dos se-
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