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TWO I.KTTKKS OF DoM ALVARO OF. NOKONHA                             263


                   icmt:i pc'r hua bumbardcira dorndc juguava hum liao (juc loguo ccguarao,
                   e asy nos bateram o balluartc satanulrc nestes dous luguares era a sua ba-
                   laria posto quo todo o muro e balluartcs apallpascm, fizeram nos no mu-
                   10 bem do nojo e tinham ja delle boa pane quebrado sem lhc valler ser
                   do gesso que he material para cstas paredcs muj forte mas pelo que ago­
                   ra se vio pare^e que mais fortes sao ajnda bazaliscos. Nao ha duvida que
                   se mais duraram co a fortja da bataria que nos davao que ievarao dc todo
  •-               o muro. A huas casas que he aposemto dos capitacs omde cu pousava ti-
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                   ravao tambem muitos e foram tamtos que as derribarao todas. Co as ped-
                   ras dellas e co muy gramdes quatos que dcllas cahiam c asy co os pellou-
                   os que despois de darem nellas cahiam na fortallcza nos fizeram muito
                   nojo, c feriram c niataram allgua gente. Era cousa de que a gemte rrcce-
                   bia gram temor e que nos a todos muito afromtava per csta ordem bate-
                   ram ate segumdo feira seguimte e a tcr<;a tornaram allevamtar a artilha-
                   ria e cmbarcalla c ncste tempo que nos bateram nos tinham ccrcado e to­

                   rnado o mar todo de maneira que nhua cousa nos podia qua emtrar e nis-
                   to tinham muy grao vigia. [2a] Asy que nos davao muy grao trabalho e
                   fadigua asy na terra como pelo mar. Nos lhe fizemos muj gramde nojo por
                   que todallas mamtas e bastiaes que puseram e armaram todas lhe quebra-
                   mos e disfizemos co lhe matarmos muita gemte e della hamrrada cm que
                   emtrou hum seu mestre de campo e hum codestabrc c asy lhe arrebemta-
                   mos hum dos seus cspalhafatos o mayor final men te lhes demos tarn to tra­
                   balho e os pusemos cm tamto rrisquo de se poderem perder que hor esta
                   rrezao e por lhe faltarem as munitjocs poluora e outras artifiqios de guerra
                   que de muitos que traziam se lhe perdco a mor parte dellles nu gualiao
                   que atravesamdo do estrejto pera qua se lhes foy ao fumdo os consramgio
                   c obriguou a llevamtarem se.
                         Nao coto a V.S. os gramdes trabalhos que neste tempo pasej asy em
                   deffemder a fortalleza como em deHemdcr quoremta e tamtas vellas que
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  f :•             aquy cstavam neste porto co os navios de rremo que aquj cstam de S.A.
                   tudo espero em Noso Senhor e pera emtao o deixo de cotar a V.S. neste
                   estrejto omde estamos esperamdo que V.A.vcnha ter co todo o podor da
                   India a desbaratar estes Jmiguos e tomar ba$ora e por que sobre este caso
                   eu tenho esprito ja larguo a V.S. o nao fa<jo aquy.
                         Os turcos tomarao mascate como la tenho esprito a V.S. que se di-
                   zia que era tornado. Nuca o pudemos saber de certeza senao quamdo se
                   dies quiscram ir que no lo mandaram dizer hua noite por hum bombar-







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