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Câmara Municipal de Biguaçu e suas sedes
Meu primeiro contato com a Câmara de Vereadores de Biguaçu se deu
através de meu pai, eleito Vereador, e também seu Presidente.
Entretanto, no ano de 1970, juntamente com mais oito (08) bigua-
çuenses (Abrahão Salum Neto, Adolfo Nicolau Bunn, Alberto Manoel da
Rocha, Ana Maria Leal Mendes (primeira Vereadora do Município), Daniel
José Sperandio, Esmeraldino Prazeres, Hercilio Manoel Marcelino e Sérgio
Locks), fui eleito Vereador pela antiga ARENA, e também cheguei a exercer
a Presidência da Casa. Constituíamos a terceira legislatura na nova estrutura
física do município, já que nessa época Ganchos (Governador Celso Ramos)
e Antonio Carlos haviam obtido sua emancipação política.
No período em que exerci a vereança nossas reuniões eram feitas no
Edifício Romão Faria, no 2º andar, numa sala acanhada, com meia dúzia de
escrivaninhas, e onde, muito raramente, aparecia alguém para assistir-nos.
Contudo, nossas reuniões eram feitas religiosamente dentro do que preconi-
zava o Regimento Interno, ou seja, Leitura da Ata, que a seguir era colocada
em discussão e votação, Leitura do Expediente, Ordem do Dia, Explicações
Pessoais, etc. Nosso mandato foi exercido de forma gratuita, sem remune-
ração, e como não tínhamos verba própria, o aluguel era pago pela própria
Prefeitura, que estava constantemente atrasado, e quanto aos funcionários,
só tínhamos uma faxineira, a tia Maria H. Lisbôa (Dinha - como era conhe-
cida). Neste período o Sr. Estefano Braz da Rocha construiu uma loja em
frente e algumas salas na sobreloja. Após muita luta e insistência, a Câmara,
então, alugou duas salas, uma para o plenário e outra para servir de local de
espera, e realizamos o primeiro concurso para contratar um servidor para
a Casa, pois as atas das sessões e os expedientes a serem remetidos eram
lavradas e datilografados pelo vereador que exercia a secretaria, ou pelo
próprio presidente. O aprovado no citado concurso foi o Berveli Vieira, que
não ficou muito tempo, pois o salário era muito baixo.
Terminamos nosso período legislativo por ali. A legislatura que nos
sucedeu, transferiu a Câmara para o Casarão Born, já que a Prefeitura, logo
em seguida, em razão da construção do Paço Municipal, mudou-se para o
térreo do mesmo prédio. Ali, ainda me recordo bem de um episódio engraça-
do, o João Dionisio Rodrigues não havia conseguido eleger-se e ficou como
primeiro suplente, com uma diferença de poucos votos, e como nós dois fre-
qüentávamos, com assiduidade os trabalhos, certa vez ele olhando para aquela
RESGATE HISTÓRICO DO LEGISLATIVO E EXECUTIVO BIGUAÇUENSE