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2º Conto: Uma História de amor                                          Compromisso assUmido no plano espiritUal


          num futuro bem próximo, pudessem despertar neles o amor, o qual os uniria
          na vida em família.

                 Quando seus pais começassem a perceber com certeza impediriam os
          seus encontros.

                 Até porque, como já mencionamos, vimos que os nossos irmãos eram
          pessoas diferentes, preconceituosas, materialistas, incrédulas, orgulhosas, ava-
          rentas, que seriam ajudados pela nossa irmã, ilusão era o que não lhes faltava.
                 Vislumbravam o império material e viviam na contradição da teoria
          com a realidade, a aparência era o verniz para o público, para a sociedade
          eram pessoas de bem, que estavam sempre presentes nas vidas das criaturas e
          principalmente dos seus empregados para o auxílio.

                 Os muros de suas propriedades mais pareciam os muros das grandes
          muralhas, que divisavam as terras das cidades, dos doutores da lei.

                 Contudo a intenção era que os vizinhos não tomassem conhecimento
          da administração de sua fazenda, principalmente de como eram tratados os
          seus empregados.

                 A menina Liz, já com bastante conhecimento, estudava na vizinha,
          pois não frequentava a escola.
                 E todos eram proibidos de falar. Os jovens, as crianças, os idosos re-
          cebiam a mesma orientação de não abrirem a boca, caso isso viesse a ocorrer,
          seriam despedidos e punidos, até mesmo com a morte no tronco!

                 Assim é o regime de cativeiro. Quando Liz foi crescendo e foi to-
          mando ciência, foi acordando em si boas e ocultas intenções de no futuro ser
          professora daquelas crianças e jovens nos finais de semana, e pensava: “Sei
          que se eu agir assim serei ajudada e teremos efeitos positivos. Na hora certa
          irei falar com os meus pais.”

                 Quando Liz completou quinze anos, Claro já fazia seus cinco ani-
          nhos, era o único que sabia escrever o seu nome. Aproveitava os momentos
          em que estava com  Claro para ensiná-lo a leitura.



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