Page 64 - Livro Conto 01
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1º Conto: Laços afetivos enContro, desenContro e reenContro
A roça de nossas almas necessita que o jardineiro e/ou lavrador, prepa-
re as ferramentas corretas e verifique qual é o matagal que precisará ser limpo
no trabalho do campo afetivo.
Despertar em nós o desejo de fazer limpeza e deixar o terreno a ponto
de ser semeado, lançado a semente. Mas é preciso que saibamos semear, do
contrário, o terreno poderá até estar limpo mas não produzirá.
Isso fica claro, pois existem muitas criaturas que não fazem o mal, mas
também não fazem o bem.
Têm tudo para crescer, dispõem de recursos materiais, de recursos es-
pirituais, porque detém o conhecimento da Doutrina Espírita, da vida futu-
ra, detém o conhecimento das leis divinas, e da justiça a que todos estamos
submetidos, detém o conhecimento do Evangelho de Jesus, contudo, não se
esforçam para levar esses conhecimentos, não se esforçam para sair de suas
mansões, de suas propriedades. E vivem na opulência de muitos excessos.
Outros dispõem do conhecimento intelectual e também se isentam de
auxílio nas casas espíritas ou mesmo onde estão sendo solicitados para servir
no bem com mil desculpas.
Na verdade, estes companheiros estão se omitindo do compromisso,
estão sendo proprietários dos talentos, mas não estão disponibilizando de
tempo, porque lhes falta uma chave: a boa vontade, o querer.
Quando queremos realizar algo, conseguimos.
Para trabalhar o campo afetivo é preciso que queiramos. Uma das
principais medidas a ser tomadas é a avaliação de si mesmo. Após o des-
cobrimento de vícios, de imperfeições, temos toda uma orientação es-
piritual à luz do Evangelho, que é um conjunto de ensinamentos, lições
que irão clarear os nossos sentidos nos possibilitando uma mudança de
dentro para fora.
Sílvia e Raylândio, já envelhecidos, de cabelos grisalhos, porém, os fios bran-
cos não lhes enervam os corpos. E perguntamos: por que será que muitas pessoas
ao chegarem na terceira idade já não têm resistência física para se locomoverem?
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