Page 65 - Livro Conto 01
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1º Conto: Laços afetivos                                                     enContro, desenContro e reenContro


               Aí está a grande resposta. É porque, quase sempre, nesses casos as pes-
          soas não tiveram um trabalho voltado para ajudar o próximo. Foram pessoas
          que desempenharam todos os trabalhos profissionais e/ou mesmo na labuta
          das tarefas cotidianas do lar e esqueceram-se de olhar a sua volta e verem que
          existiam crianças chorando, precisando de amparo, velhos caídos, precisando
          de cuidados, jovens se drogando necessitados de instruções, delinquentes de
          toda ordem precisando que lhes ensinassem a viverem como irmãos; aleija-
          dos, coxos, surdos, mudos, cegos foram enviados por Deus para o terreno
          que habitamos, para que nos enchêssemos de piedade e de compaixão, para o
          repouso de nossos erros e o alívio de suas dores.

               Quando nós ajudamos o outro o maior beneficiado será sempre nós
          mesmos.
               Após a lida do bem, Raylândio e Sílvia, partem para pátria espiritual re-
          encontrando lá os seus pais, Pedro e Sandra, já espíritos bastante esclarecidos.

               Do plano espiritual em que se encontram vão acompanhar a família
          que prosseguia.

               A empresa continuava a ser administrada pelos nossos irmãos que fica-
          ram. Os filhos do casal Raylândio e Sílvia já estavam bem crescidos e traba-
          lhavam também na empresa da família, espíritos de uma conduta inatacável.
          Formados, a jovem e o jovem, davam cumprimento às obrigações e deveres
          que lhes competiam e ainda encontravam tempo para ajudar os pais na admi-
          nistração da empresa da família.

               Ao tempo que desenvolviam uma obra imensa, apoiada por todos os
          filhos do Senhor Pedro e Sandra.

               Pedrinho, já bastante envelhecido, também havia formado uma família
          feliz; por muito se amarem e serem obedientes às leis de Deus e, principal-
          mente, por se reconhecerem como irmãos, uns necessitando do amparo amo-
          roso do outro, do amparo da compreensão, do amparo do amor.
               Nosso irmão, Flávio, também já tinha formado sua família, tendo tido
          quatro filhos, sendo que dois eram resistentes ao amor e preferiam não es-



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