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papo gourmet
O vinho que vem da água.
Em um processo inovador, vinho é submergido a 30 metros de profundidade no lago do Alqueva em Portugal.
O que é que acontece se colocarmos garrafas de vinho,
durante oito meses a 30 metros de profundidade no lago
do Alqueva, em Portugal? O resultado, é o Vinho da Água,
dando origem ao Vinho Tinto, produzido com um dos rótulos
topo de gama da empresa, o Conde d’Ervideira. A inovação
da Ervideira tem avançado ao ritmo alucinante das ideias e
dos sonhos de Duarte Leal da Costa.
Num processo inovador e pioneiro no Alentejo, a Ervideira
buscou obter um vinho com mais corpo, juventude e
estrutura, tornando-se mais aromático e com uma cor
mais violácea, proporcionado pelas condições de submersão
aquática de total ausência de luz, bem como a temperatura
de 17ºC, em qualquer momento do dia ou do ano.
“Um produtor deve ver um pouco mais além da sua
produção e da sua região, deve saber o que há no mercado
e procurar criar algo de verdadeiramente diferenciador”,
destaca Duarte. Para o produtor o consumidor brasileiro
de vinhos é ainda mais atento que o Português, pois quer
ter um conhecimento abrangente do mundo e do que há de
diferente.
“Existem bons vinhos em todas as regiões de Portugal. Qual
é o papel da Ervideira? Não é fazer mais um vinho excelente,
mas sim fazer um vinho único, como o Invisível ou este
Vinho da Água”, destaca o produtor, que promete continuar
a inovar.
A adega da Ervideira viu na crise de 2008, “uma oportunidade
para fazer diferente”. A aposta na diferenciação, na imagem,
sem nunca esquecer a qualidade dos vinhos, permitindo a
empresa de Évora registar em 2016, um volume de vendas
de 500 mil garrafas.