Page 57 - Cinemas de Lisboa
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preocupação, sem grandes resultados, de ser tomado como um emérito cantor de ópera». Um nome e
uma imagem que ficaram ligados a várias fitas - a primeira referenciada, “Romão, Chauffeur e Mártir”,
feita em frente do “Ritz Club”, mas que só estreou em Lisboa ( no “Salão Central”) uma semana após o
lançamento no Porto (no “Jardim Passos Manoel”) em Fevereiro de 1920. O “Cinema Tenor Romão” teria
uma existência efémera e encerraria a 26 de de Dezembro de 1927.
Esta sala de espectáculos, depois de ter passado para a propriedade de Aurélio Perime Benitez, que,
reabriu em 15 de Fevereiro de 1928, tendo sido mudada, mais uma vez, a sua designação para
“Campolide Cinema”.
Mais tarde, no final da década de 50 do século XX, é construído um novo edifício no lugar do antigo,
passando a ter capacidade para 414 espectadores distribuídos pela plateia e o 1º balcão, com
instalações mais modernas e confortáveis.
Nas vitrines exteriores, na foto anterior, publicidade aos filmes “Umberto D” , de Vittorio de Sica, de 1952
e “Frou-Frou” , de Augusto Genina, de 1955. Recordo que mesmo em cinemas de estreia (não o caso
deste) os filmes chegavam a ser estreados em Portugal anos depois de terem sido estreados no seu
país de origem.
Este cinema encerrou em 1977, e anos mais tarde o edifício foi ocupado por uma empresa de artes
gráficas. Segundo me informaram, o edifício viria a ser demolido, há poucos anos.
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Para consulta do respectivo artigo no blog “Restos de Colecção”, acedendo a mais fotos e documentos,
com referência às fontes de onde foram retirados os mesmos e, igualmente, alguns reproduzidos aqui,
clicar no seguinte link:
http://restosdecoleccao.blogspot.com/2015/07/campolide-cinema.html
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