Page 49 - POESIAS-DE-MAURÍCIO-REVISÃO-3_sem_ventos
P. 49

JANELA PARA ONDE

              abro-me em janelas,
              nos passeios floridos do instante,
              a marca das coisas se instala em mim

              piso em falso,
              minhas ásperas passadas
              caminham sobre o sorriso alquebrado
              de um menino

              observo distante,
              flechas de sol transpassarem
              o meu corpo deserto

              e a cidade?
              a cidade lá fora pulsa
              aqui,
              bem aqui,
              dentro de mim








                                           47
   44   45   46   47   48   49   50   51   52   53   54