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Em 1827, o Rev. W. M. Kinsey (1788 – 1851), do Trinity      “A eminência em que o velho castelo está situado,
                        College, de Oxford, e  o capelão do lord Auckland fizeram uma   sobranceira à cidade – formosos e aos formosos e bem
                        visita ao nosso país da qual resultou a publicação “Portugal    cultivados vales que correm entre os outeiros da
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                        illustrated: in a series of letters”  , com gravuras em cobre,  vizinhança, fica ao norte da cidade; e nenhum trecho
                        abertas a água-forte por Joseph Skelton, sobre desenhos         de paisagem pode exceder em beleza os pontos de vista
                        originais do cor. Vandeleur e de Henry Smith de Bristol, bem    encantadores que se desfrutam dessas interessantes
                        como de outros seus amigos que não permitiram que fossem        ruínas”.
                        nomeados os nomes. Um dos desenhos mostra a cidade de
                        Leiria e o seu castelo do monte dos Capuchos. A publicação foi  O mesmo desenho foi aproveitado:
                        realizada em Londres e teve edições em 1828 e 1829.             • em 1839, para uma litografia, assinada por Legrand,
                                                                                           incluída no vol. I , n.º 30, da revista “O Mosaico – jornal
                            A gravura sobre Leiria figura ali (intercalada entre as páginas  d’instrução e recreio cujo lucro é aplicado a favor
                        423 e 423 da 2.ª edição) com uma vista geral, do lado poente:      das Casas d’Asylo da Infância desvalida” (fig. 12); e
                        no primeiro plano, campos cultivados; a meia distância,         • em 1847, para uma péssima litografia assinada por Sá, e
                        destacando-se do casario, a Igreja de Santo Estêvão, o castelo,    impressa na Rua Nova dos Mártires, n.º 12, inserta no
                        a torre sineira da Sé, o antigo paço episcopal e a Sé, vendo-se    vol. IV (entre as páginas 152 e 153) da obra “Portugal
                        ao fundo os campos dos Marrazes e dos Milagres; e no texto, o      Pittoresco ou Descripção Histórica d’este Reino”, de
                        seguinte comentário:                                               Ferdinand Denis, publicada “Por uma Sociedade”.

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