Page 54 - Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE _CBPR
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Direção Defensiva
3.1. Conhecimento
É o ato de estar sempre consciente das noções exigidas para a habilitação, os con-
teúdos do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) e as informações sobre os riscos e a me-
lhor forma de evitá-los. Embora a experiência seja uma fonte importantíssima de conheci-
mento, demonstra-se que, o programa de treinamento aumenta em muito a capacidade
defensiva do motorista.
3.2. Atenção
Enquanto dirige, o motorista tem que estar alerta o tempo todo, zelando pela sua
própria segurança, dos passageiros e da vítima que está transportando, bem como pelos
demais presentes no trânsito. Estar alerta significa estar com a atenção concentrada todo
o tempo no ato de dirigir, sem distrações, vendo tudo o que se passa adiante, atrás (espe-
lhos retrovisores) e nas laterais do veículo. O pensamento deve ocupar-se exclusivamen-
te do ato de dirigir e não de outros assuntos. Atento, o motorista pode reconhecer situa-
ções de perigo potencial, reagir em tempo e agir de modo a prevenir acidentes.
3.3. Previsão
É a capacidade de antecipar ou antever situações e eventos, são muitas vezes fra-
ções de segundos, porém, tendo em mente uma atitude de previsibilidade, será suficiente,
para tentar uma reação positiva, evitando um acontecimento. Se o motorista, vistoria o
veículo antes de assumir o serviço, programa o itinerário, reduz a velocidade próximo a
áreas de risco como cruzamentos, escolas, hospitais, etc., se o motorista, ao ver uma cri-
ança brincando na calçada, antevê a possibilidade de que ela possa atravessar a rua re-
pentinamente e diminuí a velocidade, terá melhores condições de frenagem ou desvio do
veículo caso o inesperado aconteça.
3.4. Decisão
É a possibilidade da ação de decidir, diante de uma situação de risco. É saber es-
colher dentre as opções possíveis a de maior segurança naquele momento específico.
3.5. Habilidade
É o requisito desenvolvido através do aprendizado e do treinamento. Conduzir um
veículo de socorro, é um ato de muita responsabilidade, muitas vezes a emergência, a
adrenalina, o stress, tendem a dominar a situação, porém o bom motorista, se mantém
paciente e calmo, não deixando-se dominar por sensações que tendem a alterar seu esta-
do psicológico e as funções mecânicas do corpo físico. Necessitando o motorista, desen-
volver a habilidade de realizar manobras entre veículos, ultrapassagens, cruzamentos, ca-
naletas de expresso, entre outros. Mas, com condições, é fundamental demonstrar as
suas ações para os outros motoristas, o que pretende fazer, qual a atitude que pretende
tomar, lembre-se as outras pessoas não são obrigadas a adivinhar seu pensamento.
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