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II. Desenvolvimento
1. Tipos de movimentos dentários
De modo a estudar os alinhadores e perceber as suas limitações e a sua evolução ao
longo das várias gerações, é importante realizar uma breve revisão sobre a biomecânica
do movimento dentário.
De acordo com Silva (2007), o movimento dentário, resultante de forças, é explicado
pela criação de áreas de pressão de predominante reabsorção óssea por ação dos
osteoclastos e, pelas áreas de tensão de predominante aposição óssea, devido à atividade
mais acentuada dos osteoclastos.
É através deste mecanismo, que os vários tipos de movimentos dentários ortodônticos
são explicados por Silva (2007), sendo eles os movimentos de inclinação, translação,
rotação intrusão, extrusão e torque.
De modo simplista estes movimentos podem ser explicados da seguinte forma:
• O movimento de inclinação é a consequência do uso de uma força com um só
ponto de aplicação na coroa clínica, que resulta no deslocamento em direções opostas da
coroa e do apex em torno de um ponto, denominado centro de resistência biológico;
• No movimento de translação, o apex e a coroa deslocam-se no mesmo sentido
com quantidade de movimento igual em ambas as extremidades. Para tal, é necessário
que a força atue em dois pontos de aplicação, sendo estes na direção para onde se pretende
deslocar o dente e um ponto contra atuante que regula a inclinação. Neste movimento
verifica-se extensa reabsorção óssea na área para onde o dente se desloca e uma área de
aposição óssea do lado oposto.
• No movimento de rotação, o dente gira em torno do seu eixo mais longo. Este
movimento também necessita que a força atue em DOIS pontos de aplicação, mas neste
caso é importante que os pontos de aplicação apresentem a máxima distância possível
entre eles. É um movimento de difícil estabilização e elevada tendência recidivante.
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