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algo ou alguém. Esporte e sexo são dois grandes exemplos.
Faltando um foco externo, a mente volta-se para si mesma e
cria problemas para serem resolvidos, mesmo que os
problemas sejam indefinidos ou desimportantes. Se você
encontrar um foco, um objetivo ambicioso que pareça
[1]
impossível e force você a crescer, essas dúvidas
desaparecem.
No processo de procurar um novo foco, é praticamente
inevitável que as “grandes” questões apareçam. Há uma
pressão onipresente dos pseudofilósofos para deixar de lado
o impertinente e responder ao eterno. Dois exemplos
populares são “qual o sentido da vida?” e “qual é o ponto
disso tudo?”.
Há muitas outras, das mais introspectivas às ontológicas,
mas tenho uma resposta para praticamente todas elas – não
respondo a todas de jeito nenhum.
Não sou niilista. Na verdade, passei mais de uma década
investigando a mente e o conceito de sentido, uma busca que
me levou dos laboratórios de neurociência das melhores
universidades a instituições religiosas mundo afora. A
conclusão, depois de tudo, é surpreendente.
Estou 100% convicto de que a maior parte das grandes
questões que nos sentimos compelidos a enfrentar – legadas
através de séculos de pensamentos exagerados e traduções
ruins – usam termos tão indefinidos que tentar respondê-
las é uma completa perda de tempo. Isso não é deprimente.
[2] É libertador.