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MATÉRIA DE CAPA
REVISTA PLÁSTICA PAULISTA
Reunião da diretoria realizada em fevereiro de 2019 para debater a grade cientí ca dos eventos da Regional São Paulo
torno dele. Na Jornada Pau- lista, por exemplo, realizamos um painel sobre Mercado de Trabalho, no qual convida- mos colegas que saíram dos grandes centros e foram bem sucedidos em outros Estados para dividirem as suas expe- riências, para mostrar o ca- minho, as di culdades. Temos visto grandes acertos. Se a pessoa tem uma boa forma- ção em um grande centro, a hora em que ela desembarcar em uma cidade pequena de outro estado, imediatamente irá se destacar. Esse painel acontece todo ano e abrimos espaço para que cada um conte as alternativas que cria- ram fora do convencional, do consultório do grande centro. FÁBIO NAHAS: Existe um dado da sociedade que mapeia onde estão todos os cirurgiões. Isso é muito interessante porque evidencia quantos cirurgiões per capita existem.
CAÇÃO: Neste ano vamos apoiar dois eventos do interior,
na logística e no  nanciamento, em Ribeirão Preto e Campinas. COUTINHO: O que temos visto dessa internalização é que é uma decisão pessoal. Não tem uma política que conduz o associado a ir para uma cidade menor por alguma razão. É algo completamente pessoal, o indivíduo que faz essa análise e decide onde ir. E geralmente são contatos que ele já fez previamente. Os exemplos de sucesso são de colegas que têm carreira acadêmica, pois eles se colocam com mais facilidade numa Instituição Acadêmica de outros estados, e começam dando aulas na faculdade de medicina de lá. Ou vão para Ribeirão Preto
e se encaixam prontamente no mundo acadêmico. Então, com certeza é um passaporte a pessoa estar dentro da vida acadêmica, mas não é exclu- sivo. Quem vai com a cara e a coragem numa cidade menor e começa “do zero” também pode se dar bem.
RPP: Este ano, o foco na cirurgia recons- trutiva será maior como alternativa pro ssional por cau- sa da saturação no mercado de cirurgia estética?
COUTINHO: Essa informa- ção tem dois lados. Quando imaginamos que a cirurgia estética está saturada, não pode haver essa ambição de todo mundo querer fazer. Se estivesse tão saturado, os outros especialistas não es- tariam tão aptos em praticar. Então, eu não sei se ela está saturada. De toda maneira, a cirurgia reparadora está mais protegida como uma especialidade da área de atuação da cirurgia plástica, pois ela não sofre com as sazonalidades.
RPP: Foi percebido um aumento de ci- rurgias estéticas ou reconstrutivas entre
2017 e 2018? É possí- vel mensurar isso? EDUARDO MONTAG: In- dividualmente, sim. Como classe, não. Isso é uma coisa que cada um sente no seu dia-a-dia do consultório. COUTINHO: Não quero ser pessimista, mas esse ano foi menor. Nos hospitais houve um encolhimento dramático. MONTAG: Temos perfis di- ferentes aqui. Eu realizava muito mais reparadora que os demais e notei que a pro- porção mudou. Aumentou
a de cirurgias reparadoras porque provavelmente caiu o número de cirurgias esté- ticas. Não aumentou tanto a cirurgia reparadora, apesar de um aumento ter ocorri- do. Notei que tenho mais cirurgia reparadora do que eu tinha antes, nos últimos dois, três anos. Devo fazer, no consultório, cerca de 30% de cirurgia reparadora atualmente. Antes, era 90% de estética.
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