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Poderíamos dizer que a saúde emocional de uma lia, vale a pena comentar sobre os estilos de parentali-
família - independente de ser tradicional ou não - dade que têm muito a ver com os estilos de liderança
está assentada sobre alguns pilares que indicam que muitos dos leitores e leitoras já estudaram em
como é sua funcionalidade e como é vivido, na inti- seus cursos de administração ou similares.
midade, a conjugalidade e a parentalidade do casal, Pais competentes ou democráticos são aqueles
caso tenha filhos. que desempenham seu papel equilibrando autori-
Aqui, penso eu, é interessante diferenciar estes dade com afeto na chamada Parentalidade Positiva e
dois conceitos. Conjugalidade é o vínculo entre um assim conseguem colaborar para que os filhos desen-
casal e que pode ser desfeito a qualquer tempo trans- volvam Inteligência Emocional, Valores, autocontrole
formando-o em ex, enquanto que, na parentalidade, e autoconhecimento. No lado oposto, temos os pais
o vínculo entre pais e filhos só deixa de existir com a negligentes, sem afeto e sem autoridade e que, como
morte, porque não comporta situações de ex pai, ex consequência, podem contribuir no surgimento de
mãe ou ex filho. distúrbios de comportamento, baixa autoestima, vul-
É no pilar da conjugalidade que podemos avaliar nerabilidade, pouca empatia e dificuldades com nor-
qual a distância entre o que foi idealizado em nosso mas e regras.
tempo de namoro e a família que conseguimos consti- Entre um estilo e outro dos acima mencionados,
tuir na realidade, qual o nosso nível de satisfação com temos os pais autoritários que exercem sua autorida-
o parceiro ou a parceira, como anda nossa comunica- de sem afeto e geram filhos descontentes, submissos,
ção, nossa intimidade, nosso afeto e principalmente e sem iniciativa, rancorosos e com baixa autoestima e
como os filhos estão inseridos nessa relação. ainda os omissos ou permissivos, que agem movidos
Há famílias em que os pais priorizam os filhos a pelo afeto sem autoridade e que, a médio prazo, os
ponto de não valorizarem mais um tempo para si en- filhos podem até parecer alegres e felizes, mas no fun-
quanto casal e, usualmente, nem se chamam mais pe- do têm dificuldades para controlar seus impulsos, res-
los seus próprios nomes e sim por pai ou por mãe, ou peitar limites e lidar com hierarquia.
então declaram alto e bom som que continuam juntos Em resumo e para encerrar, vivemos numa socie-
“só por causa dos filhos” ou “vivemos como amigos dade de relações líquidas e superficiais, como diz o fi-
na mesma casa”... A estes pais pergunto: É esse o ver- lósofo e sociólogo Bauman, onde é muito fácil excluir/
dadeiro motivo para manter seu casamento? Os filhos cancelar e interromper relações com um clic, mas para
merecem tal sacrifício ou mesmo a carga de serem aqueles que ainda acreditam e buscam a possibilidade
responsáveis pela sua infelicidade? de viver relações sólidas e satisfatórias – não estamos
No pilar da parentalidade está como os pais vi- dizendo perfeitas e sem conflitos – vale a pena investir
venciam suas relações com os filhos, como dividem no afeto procurando expressá-lo utilizando as várias
papeis, responsabilidades e como organizam a hierar- linguagens do amor com empatia, sinceridade, paciên-
quia familiar para realizar as funções de satisfazer as cia e, acima de tudo, intenção consciente de uma boa
necessidades dos membros da família, educar, amar, convivência. Ah! E isso não só no Dia dos Namorados,
ensinar valores e oferecer um ambiente de aconche- nas postagens do face, insta, zap ou no tiktok, mas prin-
go, proteção e segurança aos filhos. cipalmente no recôndito de seu lar, onde só você sabe
Nesse check-up de como anda o amor na sua famí- o que pode viver de confortador e gratificante!
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