Page 186 - DEUS É SOBERANO - A. W. Pink
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Conclusão                                              179


           salientando  a  parte  de  “todo  aquele  que  crê”,  para  então
           deixarmos que o Espírito Santo aplique a Palavra com poder
           vivificante àquele  a quem Ele quiser,  descansando na firme
           promessa do Senhor:  “Porque, assim como descem a chuva e
           a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem
           a terra e a fecundem e a façam brotar,  para dar  semente ao
           semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da
           minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me
          apraz  [não o que  nós  queremos]  e prosperará  naquilo para
          que  a  designei”  (Is  55.10,11).  Não  foi  esta  a  certeza  que
          sustentava  o  apóstolo  amado,  quando  declarou:  “Por  esta
          razão, tudo suporto por causa dos eleitos” (2 Tm 2.10)! Sim,
          não é esta a lição que se pode aprender do bendito exemplo
          do Senhor Jesus? Ao falar ao povo: “Embora me tenhais visto,
          não credes", Ele firmou-se no soberano beneplácito d Aquele
          que O enviara, dizendo:  “Todo aquele que o Pai me dá, esse
          virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei
          fora”  (Jo  6.36,37).  Sabia  que  sua  obra  não  seria  em  vão.
          Sabia que a Palavra de Deus não voltaria a Ele “vazia”. Sabia
          que os  “eleitos de Deus”  viriam a Ele e nEle creriam.  Esta
          mesma certeza enche a alma de cada servo de Deus que sabe
          confiar na bendita verdade da soberania de Deus.
                  Ah! Obreiro cristão, meu colega, Deus não nos enviou
          para  atirar  flechas  ao  acaso  (I  Rs  22.34).  O  sucesso  do
          ministério  que  confiou  às  nossas  mãos  não  depende  da
          instabilidade da vontade das pessoas às quais pregamos. Como
          nos  encorajam  gloriosamente  e  sustentam  nossa  alma  estas
          palavras  do  Senhor,  se  nelas  descansamos  com  fé  singela:
          “Ainda tenho outras ovelhas [note bem,  “tenho”, não “terei”;
          “tenho”, porque Lhe foram dadas pelo Pai antes da fundação
          do mundo], não deste aprisco [isto é,  do aprisco dos judeus,
          então existente]; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão
          a minha voz” (Jo 10.16). Não é simplesmente “deveriam ouvir
          a  minha  voz”,  não  é  simplesmente  upodem  ouvir  a  minha
          voz”, nem “ouvirão se for da vontade delas”. Não há qualquer
          “se”, qualquer “talvez”; nenhuma incerteza.  “Elas ouvirão a
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