Page 48 - Revista escriba (primeira ediçao)
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I
No osso do mundo
No fundo nada é nosso
Vivo estou
Vivo o que posso
No poço do mundo
Sem fundo
difundo opostos
Fundo uma nova ordem
Infundo possibilidades
Osso imundo
Mudo no fosso
Na água da poça
Possantes difusores
Do nada
Desordem
Desmando
De um mundo
Na fossa
Há quem tudo possa
Há o que nos assole
Sobra nada se fôssemos
ao fundo
No osso do mundo
II
Seríamos diversos
Reversos
Veríamos excessos
Pasmados
Sentiríamos insanos
Desejos
Voltaríamos sábios
Desnudos
Cheiraríamos almíscar
Oriente
Cegaríamos olhares
Morenos
Escorreríamos areias