Page 26 - Revista Universitária AutoLivre
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É só ver como tudo começou. O GTI 1 era um carro extremamente simples: um
hatchback pequeno, com tração dianteira, maçanetas para os vidros e direção sem
assistência. Se pararmos para pensar, sua maior concessão à tecnologia talvez
fosse o sistema de injeção eletrônica no motor de 1,6 litros.
Com isso, o quatro-cilindros de 8v com comando no cabeçote entregava 110 cv e,
acoplado a uma caixa manual de cinco marchas, levava o Golf GTI aos 100Km/h
em 9 segundos. No entanto, eram o baixo peso e o comportamento dinâmico
conferido pelo acerto de suspensão exclusivo e pelos pneus mais bicudos que
conquistaram os entusiastas. E, claro, o visual incrementado com spoiler do tipo
lip na dianteira, um friso vermelho ao redor da grade e faixas pretas nas laterais.
Lá dentro, você só podia sentar nos bancos de maior apoio, encontrar a melhor
posição para conduzir e confiar nas suas habilidades: não havia nada remotamen-
te parecido com controle de estabilidade e tração, freios ABS ou qualquer tipo de
assistência eletrônica.
A segunda geração, lan-
çada em 1984, seguia a
mesma linha. Àquela al-
tura, fabricantes como a
Peugeot, a Opel e a divi-
são europeia da Ford já
haviam se mexido e criado
seus próprios hot hatches.
Ele era um carro mais mo-
derno e melhor acabado,
mas ainda era leve, poten-
te na medida certa e bem
acertado
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