Page 58 - Revista FRONTAL - Edição 50
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UPGRADE IN PROGRESS?


        SEMIOLOGIA PARA ROBÔS





        O QUE É QUE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PODE FAZER POR NÓS?




        AUTORES

            DAVID GIL
            SUSANA BRANCO




          Cada vez mais ouvimos “inteligência artificial” e “machine learning” no nosso quotidiano. São os algoritmos por trás dos anúncios que
        vemos, das seleções de músicas e vídeos que recebemos, das buscas que fazemos na internet, e tantos outros. E para lá das desaconselha-
                           das buscas no “Dr. Google”, que outros usos temos para a “inteligência artificial” na saúde.




                                    Somos mais inteligentes que um computador?



           É uma pergunta com uma resposta com-
        plicada, que nos leva à seguinte questão: O
        que é inteligência? A palavra provém do latim
        intelligens, e descreve o conjunto das capa-
        cidades intelectuais, como a memoria, racio-
        cínio, abstração e conceção. Nesta compara-
        ção, o poder de processamento de informação
        é vital, e é nesta área que a Inteligência Arti-
        ficial (IA) tem ganho um maior protagonismo.
           O intuito da IA é atribuir a computado-
        res a capacidade interpretação de informa-
        ção por  machine learning, através de um
        processo denominado por  deep learning,
        realizado de forma automática, sendo esta
        supervisionada ou não. Com esta informa-
        ção, os algoritmos poderão prever aconte-
        cimentos ou identificar padrões consoante a
        informação apresentada, semelhante ao fun-
        cionamento da mente humana. As conhecidas
        redes neuronais estão na base da construção
        destes algoritmos.
           Dentro da área dos IA, temos dois grandes
        grupos: Os IAs fracos ou estreitos, que são
        usados para funções estreitas, e têm pouca
        capacidade  de  autorregulação,  como  a  Siri   processamento dos computadores irá dupli-  Lei Retorno Acelerado de Ray Kurzweil. No fu-
        dos iPhones; e os IAs fortes, que têm capaci-  car a cada 18 meses, mantendo os custos de   turo espera-se velocidades de processamen-
        dade de autorregulação e que imitam o cére-  produção. Este crescimento exponencial não   to cada vez maiores, e com estas uma maior
        bro humano.                         se tem só verificado na área dos processado-  quantidade de informação processada, permi-
           Segundo a lei de Moore, a capacidade de   res, mas nas tecnologias em geral, gerando a   tindo a procura dos mais ínfimos padrões.




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