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enorme painel e olhou para cima, perplexa e sem forças, repetindo sem parar o
nome do homem que amava.
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CAPÍTULO 115
A mente de Becker estava absolutamente vazia. Estou morto. Ainda assim, ouviu
um som. Uma voz distante.
- David.
Sentia algo queimando debaixo do braço. Estava completamente tonto. Seu
sangue parecia feito de lava incandescente. Meu corpo não me pertence. Ainda
assim, podia ouvir uma voz baixa, distante. Mas era parte dele. Havia outras
vozes também - não eram familiares, não eram importantes. Chamavam seu
nome. Tentou bloqueá-las. Apenas uma voz importava. Aproximava-se, depois
se afastava.
- David... eu lamento...
Surgiu uma luz, muito apagada primeiro, depois um risco cinza. Crescendo.
Becker tentou mover-se. Dor. Tentou falar. Nada. A voz continuava chamando.
Alguém levantou-o. Becker se moveu em direção à voz. Estava chamando. Viu
uma imagem iluminada. Podia ver alguma coisa em uma tela pequena. Parecia
uma mulher, olhando para ele, vinda de algum outro mundo. Ela está me vendo
morrer?
- David...
A voz era familiar. Era um anjo. Havia vindo buscá-lo. O anjo falou. - David, eu
te amo.
Então ele soube.
Susan olhava para a tela chorando, rindo, perdida num emaranhado de emoções.
Enxugava as lágrimas.
- David... Eu... eu pensei...
O agente Smith colocou David no assento em frente ao monitor.