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gestão
existe um receio em compartilhar informações e conhecimentos
com parceiros externos devido ao medo de perda de controle ou
propriedade intelectual”, cita. “Além disso, a falta de experiência
em colaboração externa e em gerenciamento de parcerias pode
gerar obstáculos na implementação efetiva dessa abordagem”.
O investimento em treinamento e capacitação das equipes é o ca-
minho para derrubar essas barreiras e criar um ambiente mais co-
laborativo. “Para promover a inovação aberta, as MPEs precisam
desenvolver uma cultura organizacional baseada em colaboração,
flexibilidade e aprendizado contínuo”, argumenta. Outro aspecto é
que as parcerias firmadas sejam amparadas por acordos claros de
propriedade intelectual e confidencialidade.
Para as organizações que desejam adotar a inovação aberta, o pri-
meiro passo é identificar as áreas onde a colaboração externa pode
trazer mais valor. “A empresa deve avaliar seus pontos fortes e as
lacunas que precisam ser preenchidas, o que ajuda a direcionar
o tipo de parceiros que devem ser buscados”, esclarece Harano.
A partir daí, é possível mapear potenciais parceiros (como univer-
sidades, outras empresas e centros de inovação) e estabelecer
processos de comunicação claros. Projetos-piloto
são uma boa maneira de testar essa aborda-
gem antes de avançar para iniciativas de
maior escala.
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