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Ano de experiência
A experiência deste ano letivo no âmbito do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular
(PAFC) surgiu na sequência do Plano de Ação Estratégica (2016/17– 2017/18) que já apresenta-
va um novo desafio em termos organizacionais, uma vez que se aposta num plano pró-ativo, que
não se satisfaz com a obtenção de nota/nível positivo nas provas finais, mas perspetiva que
ocorra após um percurso sem retenções. Trata-se de um desafio que pretende minimizar os efei-
tos da origem sociocultural sobre o acesso e a progressão escolar e valorizar o efeito-escola e o
efeito-professor como “cruciais para a qualidade das aprendizagens e para o sucesso escolar de
todos, sendo possível e necessário não deixar um só aluno para trás” (CNE, 2016b, p.5).
Assim, já com o Plano de Ação Estratégica (PAE) 2016/17 e agora com o PAFC 2017/18, aposta
-se numa alteração dos modelos tradicionais de organização escolar e numa mudança dos mo-
delos didáticos, dos métodos, dos recursos de ensino e da relação pedagógica na sala de aula.
Procura-se “recentrar a missão docente no essencial”, para que os professores, “do ponto de vis-
ta individual, profissional e organizacional, sejam cada vez mais profissionais do ensino e cada
vez menos funcionários ou técnicos” (CNE, 2016b, pp. 11 e 12). Repõe-se “a importância da pe-
dagogia e a construção de conhecimento que fundamentam a ação educativa” (CNE, 2016b, p.
13).
Neste ano de experiência, tivemos 5 turmas de 10.º ano de cursos científico humanísticos, num
total de 135 alunos e 35 professores, envolvidos diretamente neste novo desafio para a escola.
Porque se tratava de um ano de experiência e porque foi dada à escola, no âmbito da autonomia,
a possibilidade de avançar como melhor entendesse, foi estratégia participar apenas com 5 tur-
mas, para ser possível um acompanhamento / monitorização eficaz da experiência (que sabía-
mos à priori que iria resultar em mais momentos de avaliação para os envolvidos e preenchimen-
to de mais documentos) por um lado, e sem se cair numa situação de excesso de trabalho para
quem estivesse na implementação da experiência, por outro.
Nas 5 turmas da experiência, implementaram-se DACs (Domínio de Autonomia Curricular), para
ser dada a oportunidade de pelo menos dois professores partilharem o mesmo espaço de aula
(até 25% das horas semanais das disciplinas envolvidas).
Manuela Santos (Coordenadora do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular da ESMAVC)
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