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Na semana de 22 a 29 de setembro eu, Nuno Santos com o Paulo Braumann, participamos num
curso de formação para docentes em Roma no âmbito do programa Erasmus +. O curso da Europass
Teachers Academy tinha como principal temática “Advanced Artificial Intelligence for Education”, e tinha
a duração de 30 horas.
Parece-me adequado explicar porque eu, professor de História quis frequentar um curso com uma te-
mática tão focada na área das novas tecnologias. Estas, da Inteligência Artificial, verdadeiramente no-
vas! De facto assustei-me um pouco com a designação que falava de avançada, tendo ingenuamente
associada esta temática do curso ao trabalho técnico de produção de referida Inteligência Artificial.
Mas, apesar da temática me parecer um pouco assustadora havia pelo menos duas outras razões para
o querer frequentar!
A primeira delas era claramente a cidade em que a formação decorreria. Roma. Não é à toa que conti-
nuamos a utilizar uma frase proverbial latina que diz que todos os caminhos vão dar a Roma. A cidade é
por si um palco fabuloso para qualquer um, mas principalmente para um professor de história. A cultura
ocidental e os seus principais marcos artísticos estão ali bem presente, havendo em cada rua, literal-
mente em cada rua, alguma igreja ou casa ou palácio que merece mais do que um olhar rápido, neces-
sitando de uma observação atenta.
Na verdade a cidade e os seus bairros foram nos apresentados pela formadora de um modo consisten-
te, referindo-se nas suas apresentações não apenas aos aspetos turísticos e sobejamente anunciados
pelos sítios de promoção turística da cidade, mas referiu também aspetos particulares de cada bairro e
como chegamos ao atual aspeto e configuração em resultado de um processo histórico, que em Roma
foi muitas vezes marcado pela própria construção do conhecimento histórico da cidade, nomeadamente
pelos trabalhos arqueológicos que nos últimos 150 anos tem sido mais ou menos uma constante pre-
sença no rearranjo da cidade.
Confesso que as tardes e os fins-de-semana me permitiram voltar a contactar com o imenso património
romano, revisitando sítios imprescindíveis e conhecendo novos espaços. A rua e o quotidiano romano
são também de um valor em si. Agora que a discussão sobre o peso dos turistas na vida das cidades
tem adquirido uma expressão cada vez mais agressiva e com propostas limitadoras, reflito o peso que
isso possa ter na vontade de imensos cidadãos de todo o mundo, que, na maior parte dos casos quer ir
a Roma por questões de fé, como foi o caso das 2 jovens religiosas franciscanas, que partilhavam con-
nosco a mesma carruagem de metro e que me pareceram das ilhas do Sul da Indonésia. Em conversa
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