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Os Maias em relação com outras obras de arte: Olhos da coruja
https://preguicaentediada.wordpress.com/2014/12/01/uma-coruja-feita-de-lixo-por-um-artista-de-rua-de-portugal/
Com a utilização da obra de arte “Olhos da Coruja”, pertencente à coleção de animais de 2014 feita
com resíduos, procuramos abordar um novo tipo de arte. A arte é algo bastante abrangente e, como em
Portugal há uma grande variedade de artistas, não foi difícil lembrarmo-nos de alguém que marcasse a
diferença tanto no panorama nacional como mundial. O intérprete desta preciosidade, Artur Bordalo,
mais conhecido no mundo da arte como Bordalo II, assina o seu nome artístico em numeração romana,
visto que considera que está a dar continuação ao legado de Artur Real Chaves Bordalo da Silva, seu
avô, que também era artista plástico. O trabalho do “artivista” é ressuscitar objetos que entraram em de-
suso, como por exemplo, lixo e dar-lhes uma nova vida em forma de arte.
Entre tantos animais transformados em arte pelo artista, optámos por escolher a coruja (Capítulo
XII, Página 434), pois pode simbolizar o relacionamento de Maria Eduarda e Carlos da Maia. Esta é
uma profunda conhecedora do oculto, sendo símbolo de agouro, azar e trevas, palavras que podem es-
tar, direta ou indiretamente, ligadas ao relacionamento incestuoso do casal. Um amor que apesar de ser
forte viria a ter um final trágico e negativo. Mas como em todas as relações, o amor é algo imprescindí-
vel. Quando amamos alguém pensamos que é impossível abdicar desse sentimento, considerando a
pessoa que amamos parte de nós. Era o que acontecia com este casal. Viviam na essência do seu ser
e, juntos, não deixaram de irradiar a luz que morava dentro deles.
11.º LH2 (20/21)
Bernardo Lopes, nº2
Diogo Costa, nº5
Francisco Gomes, nº7
Tatiana Piedade, nº25
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