Page 7 - Revista GCB nº1
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Técnico - Manejo
macho e a fêmea são invertidos. O Macho Pensemos em um casal inicial: Macho
é XX e a fêmea XY. Normal e Fêmea Canela, e no seu plantel não
tinha nenhuma canela antes (Figura 2):
Está aqui um dos principais equívocos dos
nossos criadores! Muitos transferem a
genética humana (ensinada nas escolas,
com as Leis de Mendel) para as aves,
esquecendo de inverter a parte
cromossômica sexual.
Segue uma imagem (Figura1) para ilustrar a
transmissão de caracteres em pássaros
normais:
Nesse caso, todos os machos filhos da mãe
canela são sempre portadores, e as fêmeas
serão todas normais. Nessa primeira
linhagem não sairá nenhum filhote canela.
Já no caso de ter um macho portador (filhote
do casal acima) e acasalar com uma fêmea
normal será da seguinte forma (Figura 3):
Agora que o padrão genético inicial foi
apresentado, vamos começar o estudo da
cor Canela.
A cor canela pode ser comparada
novamente com o ser humano, mantida as
devidas proporções e complexidades, as
pessoas ruivas. É como o se o canela fosse
um canário ruivo. Claro que tal genética é
mais complexa, porém serve de ilustração.
A cor canela é ligada a cromossomo X, o
cromossomo Y não interfere nesse quesito,
portanto se a fêmea tiver um X marcado
com o fator canela, ela será canela. Dessa
forma já quebramos um mito: não existe
fêmea portadora, ou ela é ou não é canela.
Já o macho, para ser canela precisará ter
dois x marcados, ou seja, um vir do pai e
outro da mãe. Caso só tenha um x
marcado ele será um macho portador de Neste cruzamento, já é possível tirar
canela; não será canela, todavia poderá filhotes canelas, mas apenas metade das
passar o fator para seus descendentes e fêmeas sairão canelas, portanto lembre-se,
tirar filhos canelas.
num cruzamento desse tipo todos os
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