Page 248 - Demolidor - O homem sem medo - Crilley, Paul_Neat
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os homens nas pernas como uma bola de boliche, fazendo com que caiam e
deslizem pela neve. Ele se ergue. Agarra o colarinho do mais próximo e o
empurra na direção da beira da água.
– Não! Não…
Matt o joga na água gelada e volta para o outro, que está tentando se
levantar, mas continua escorregando e caindo, tentando se firmar sob o cano
do rifle, o cabo apoiado no chão.
Matt se endireita e corre, deixando-o para trás. Pode sentir o cheiro de
Mickey. Pode seguir seu odor através da noite fria.
O rastro o leva de volta para a Cozinha do Inferno. Ele se move pelos
telhados, o cheiro de Mickey ficando mais forte. Matt sabe que não está nas
melhores condições para enfrentar o confronto que virá. Tomou tantos
golpes que tem certeza de que está com alguma concussão.
Além disso, está cuspindo sangue, o que nunca é um bom sinal.
Ele se move rápido, ignorando a dor nas costelas, nas costas, nas pernas.
Ignorando as dores pulsantes e latejantes, as pontadas agudas dos cortes
abertos.
Lá.
Um carro derrapa ao parar em um sinal vermelho, quase batendo na
traseira do caminhão à frente. O carro dá ré, tenta dar a volta no caminhão,
mas o tráfego está muito pesado. Não há como passar.
Matt desce do telhado, chega ao asfalto e corre na direção do carro.
Mickey o avista.
– Matt! – ela grita.
Matt estremece. Teria sido bom se ela tivesse ficado quieta. Larks olha
pela janela, e então abre a porta, agarra Mickey e a arrasta pela rua. Ela se
debate, mas ele a puxa para o primeiro local onde consegue se esconder,
uma loja de antiguidades, já fechada.
Ele atira no portão de segurança de metal na frente da porta e o puxa para
o lado. Em seguida, dá um chute, abrindo a porta principal, e os dois
desaparecem lá dentro.
Matt se aproxima, o cassetete firme na mão. Para ao lado da porta e a abre.
As balas cortam o ar. Mickey grita ao ouvir o som dos disparos.