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aquisição dos Obuses M109A5, de modo a levar a cabo a total mecanização do GAC,
materializando assim o fim de vida dos “A2”, após duas décadas de serviço, e nas quais
marcou uma profunda evolução na AC do EP, colocando-a, ao nível a Artilharia AP, a par
dos exércitos mais evoluídos da NATO (Rêgo, 2011, pp. 14-15).
Em 2001 viria então a ser tomada a
decisão de substituição dos A2 pela versão
A5, através de créditos de Foreign Military
Sales (FMS), decorrentes de urna relação
bilateral que, neste domínio, se vinha
desenvolvendo com os EUA e do acordo de
defesa estabelecido com este aliado
(Ramalho, 1999, p. 113). Deste modo foram
primeiramente adquiridos 14 obuses, que
Figura 18 – Chegada dos obuses ao porto de Setúbal
chegariam a Portugal em dezembro de 2001, Fonte: (Arquivo GAC 15.5 AP)
sendo 12 entregues ao GAC e dois à EPA. A
versão A5 apresentava uma franca melhoria
de capacidades, com a substituição do tubo
para a versão M284, que permite maior
alcance, podendo atingir 24Km e 30Km com
munição assistida e maiores cadencias de
tiro, bem como da proteção NBQ de toda a
viatura obus. Com a aquisição da desta
versão a Artilharia Portuguesa ficava ao Figura 19 – Testes de tiro do Obus M109A5 em JAN02
nível da maioria dos seus congéneres, tendo Fonte: (Arquivo GAC 15.5 AP)
até de ter em linha de conta que a grande maioria ainda se encontrava equipada com
versões anteriores, nomeadamente do A2 e A3. Os testes de tiro dos novos obuses foram
efetuados a 14 e 15 de janeiro de 2002, contando com a presença de uma delegação dos
EUA (Quality Assurance Team), decorrente da qual viriam a ser formalmente entregues os
A5. Com a chegada destes obuses a 1ª BBF foi reativada e a procedeu-se à substituição dos
obuses A2 que equipavam a 2ª BBF.