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A perda de pacientes e de
colegas de trabalho é um dos
momentos de maior
sofrimento. Para evitar o risco
de contaminação, somente uma
pessoa pode entrar no
necrotério e fazer o
reconhecimento do corpo –
atualmente através
de um vidro.
A enfermeira Maria Sueli Silva,
49, do setor de acolhimento familiar
do HC, presta assistência aos pacien-
tes e parentes deles. Uma das res-
ponsabilidades dela é informar como
evitar o contágio. Mesmo sabendo exa-
tamente como se prevenir, ela testou Depois da pandemia, Luana passou a dar mais valor ao abraço
positivo para o coronavírus. “Uma co-
lega do setor pegou (a covid). Estava
assintomática, mas resolvi fazer o tes-
te, acreditando que não teria nada. Não
deu outra: estava contaminada”, deta-
lha. Maria Sueli chorou muito e teve
Síndrome do Pânico. Passava horas a
se perguntar onde errou. Depois dis-
so, ela consegue conversar com mais
propriedade sobre o assunto com os
pacientes. A empatia aumentou, pois
sabe bem o que passa uma pessoa com
a doença.
A pandemia também traz ensi-
namentos. “Aprendi como é essencial
aproveitar todos os momentos da nos-
sa vida e a dar valor a um abraço, pois
dele sinto falta”, admite a fisioterapeu-
ta Luana Barbosa, 37, do HC e de uma
cooperativa de saúde, ao falar sobre as
vezes em que chegava do trabalho e ti-
nha que desviar do filho, que insistia
em dar e receber carinho. O segredo
dela para ter motivação em um con-
texto delicado é trabalhar com muito
amor. “Gosto de voltar para a casa em
paz e com a sensação de dever cumpri-
do”, conclui. Maria Sueli foi uma das profissionais de saúde que testou positivo para a covid-19
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