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Juciara alerta para a existência de subnotificações -
Foto Marco Aurélio Cury - PMU
Coletivo para acolher vítimas
“Tem quem julgue; Marias não. Agora mulheres são todas
Marias, Marias que dão as mãos.” (COSTA e PETTINELLI, 2020,
p. 18, e. 1-2.)
Para contribuir na mudança dessa triste realidade, a jorna-
lista Juba Maria criou o coletivo INANA. O nome é inspirado na
deusa suméria homônima representante da “transformação quan-
do enfrentamos nossas próprias sombras e a união entre mulhe-
res para o despertar da força que todas temos”. Antes da pande-
mia, o grupo realizava visitas às casas de mulheres em situação
de violência, promovia cursos e outras atividades. Atualmente, ele
conecta mulheres com serviços públicos ou particulares gratuitos
e promove palestras online.
Após a agressão, as mulheres necessitam de acompanha-
mento psicológico individual e muito, muito apoio. “Precisam se
sentir amadas, queridas, admiradas, pois guardam um profundo
sentimento de culpa e inferioridade que precisa ser trabalhado”,
destaca a coordenadora. Um dos objetivos do projeto, que em breve
será formalizado em associação, é oferecer acolhimento físico para
mulheres e seus filhos.
Por que denunciar e buscar ajuda? Não, Juba propõe mudar
os questionamentos. “Por que a sociedade não denuncia a violên-
Coletivo INANA trabalha para acolher mulheres vítimas
cia que vê sendo praticada? Por que ainda não somos capazes de de violência doméstica
ajudar de fato as mulheres em situação de violência? Juntos somos
todos responsáveis e temos a obrigação de agir.”
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