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2011 (COP 17), na África do Sul, um novo acordo foi proposto
            pela União Europeia, em que a redução de emissões de gases efei-
            to estufa não seria aplicável somente aos países industrializados,
            mas também ao Brasil, China e África do Sul. Países como Rússia,
            Japão e Canadá não se comprometeram com metas específicas.
               Em 2013 (COP 19) o destaque foi para China e Índia, que
            defenderam o direito ao desenvolvimento, atribuindo aos países
            industrializados a responsabilidade pelos problemas climáticos.
            Em 2015, Paris foi palco para o Acordo que levou seu nome, re-
            sultando na definição dos Objetivos de Desenvolvimento Sus-
            tentável (ODS), que reconheceu as diferentes conjunturas de
            países desenvolvidos e em desenvolvimento e estabeleceu como
            principal meta o aumento de até 2°C da temperatura do planeta
            acima dos níveis pré-industriais. Entretanto, na COP 25 (2019),
            realizada em Madri, percebeu-se que as medidas tomadas ante-
            riormente eram insuficientes e, por isso, seria necessário maior
            ambição na definição de metas da próxima COP (ver mais em
            politize.com.br/historia-das-conferencia-das-nacoes-unidas-so-
            bre-mudancas-climaticas/).
               Já na pauta de discussão da COP 26, constaram os seguintes
            temas: zerar emissão de carbono até 2050, manter o aumento mé-
            dio de temperatura global em até 1.5ºC, proteger as comunidades
            e habitats naturais e aprimorar os mecanismos de financiamen-
            to com países desenvolvidos e instituições financeiras (os países
            desenvolvidos devem cumprir a sua promessa de arrecadar, no
            mínimo, 100 bilhões de dólares em recursos para o clima a cada
            ano). O encontro incluiu discussões sobre ampliação rápida do
            uso de carros elétricos, eliminação da energia a carvão e dos car-
            ros movidos a gasolina e diesel, redução do corte de árvores e
            proteção das  pessoas frente aos impactos dos eventos climáticos.
               Atualmente, o Brasil é o 5º maior emissor de gases de efeito
            estufa do planeta, ficando atrás de China, Estados Unidos, Rússia
            e Índia. Segundo o coordenador do MapBiomas, Tasso Azevedo,
            isso se dá pela forma que se usa a terra e como é feito o manejo
            dos territórios no país, com destaque para o desmatamento de
            florestas (fator que coloca o Brasil na contramão do que estão
            fazendo outros países). Embora haja altos investimentos em tec-
            nologia no agronegócio brasileiro, a solução para alguns dos pro-
            blemas que estão na pauta da COP 26 exige ações que estão na
            outra extremidade da rota que o Brasil vem caminhando, entre
            elas: eliminar o desmatamento e permitir que a sucessão ecoló-
            gica aconteça (reconstituição natural dos ecossistemas), avançar
            nas técnicas de agroflorestamento e fazer bom manejo dos solos
            para evitar áreas degradadas.
               A programação da COP 26 também deu destaque à necessi-
            dade de se trabalhar junto para capacitar e incentivar os países
            a restaurar os ecossistemas e tornar a agricultura mais resiliente
            para evitar a perda de moradia e dos meios de subsistência das
            populações camponesas. Nesse sentido (e para além das relações
            com os recursos naturais), o Brasil tem mais uma lição de casa a
            ser feita: a de respeitar os povos do campo que, com o seu traba-
            lho e suas tradições culturais, caminham na mão certa de tudo
            que vem sendo discutido ao longo de todos esses anos, ainda que
            desprovidos de reconhecimento, território e apoio político.


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