Page 112 - Talvegue
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EQUILIBRISTAS
No meu peito retalhado
Um coração prisioneiro
Pela solidão condenado
Por querer ser justiceiro
Seguimos equilibristas
Além das grades da visão
Sem ouvir comentaristas
Enfrentando a emoção
Em julho retornarei
Desatando nós forjados
Seremos o que pensei?
Sequer fomos convidados
Quando palavras fogem
E a voz é silenciada
Dispara tua sabotagem
De névoa descortinada
Distante do pensamento
Finjo não sentir mais nada
Porém há o sentimento
De seguir a longa estrada
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