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EQUILIBRISTAS


                  No meu peito retalhado

                  Um coração prisioneiro

                  Pela solidão  condenado
                  Por querer ser justiceiro



                  Seguimos  equilibristas

                  Além  das grades da visão

                  Sem ouvir  comentaristas
                  Enfrentando  a emoção



                  Em julho  retornarei
                  Desatando  nós forjados

                  Seremos o que pensei?

                  Sequer fomos  convidados


                  Quando palavras  fogem

                  E a voz é silenciada

                  Dispara  tua sabotagem

                  De névoa descortinada
                  Distante  do pensamento

                  Finjo  não sentir  mais  nada

                  Porém há o sentimento
                  De seguir  a longa  estrada











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