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SALVEM-SE


                  Era de vidro  o piano

                  As notas pausaram  em dó

                  Seu plano  é cartesiano?

                  Meu apelido  é badó



                  Os estrangeiros  são insólitos

                  As janelas...  horizontes

                  Meus devaneios...  acrólitos

                  Saltando  das maiores  pontes



                  E gritam  confissões  plurais

                  Miríades  impressionistas

                  Salvem-se  os surreais

                  Não ouçam os imperialistas



                  Cortem... a grama  do jardim

                  Limpem...  as escamas do peixe

                  Juntem...  os pedaços de “mim”

                  Não venha...  apenas me deixe















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