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• Deve-se estar atento aos vários limites que a
cidade já teve: chamava-nos a atenção a existência
de muros, construções que limitam os vários
perímetros que a cidade possuiu e que inicialmente
foram erguidos com intuito de proteção, mas que na
realidade eram marcos na paisagem que impunham
fronteiras também sociais. Viver dentro ou fora do
muro tinha seu significado. Vários autores (Goulart,
2000; Santos, 2001; Carneiro, 1980; Sampaio, 1949)
comentam a respeito dessas edificações. Alguns,
por meio da cartografia, mostram mapas e desenhos O PROJETO PELOURINHO DE ARQUEOLOGIA
de época que fornecem dados sobre a localização
destas. No entanto, onde estão essas rugosidades ?
4
O que sobrou delas?
• Outra questão levantada diz respeito ao binômio
tempo e espaço (Santos, 1994), visto como
elemento atuante na evolução da ocupação
urbana, já que estamos trabalhando em uma
área onde encontramos contextos de ocupações
diferentes, tanto temporal quanto espacialmente, e
que compreende desde meados do século XVI até
os dias atuais.
• Deve-se desvelar como foi o crescimento da cidade
de Salvador, como o arranjamento urbano chegou
ao que observamos hoje, saber como se deu a
ocupação do espaço.
• Faz-se necessário observar os sistemas construtivos
empregados, as diferenças e/ou semelhanças Atividades de
registro e pesquisa,
entre os tipos de técnicas, materiais utilizados e casa 37, rua 28 de
contexto do assentamento diante da topografia Setembro.
da área (padrões de assentamentos). A partir da
4 Na Geomorfologia, designa as marcas do passado 23
fixadas no espaço (Santos, 1978).
Programa monumenta – IPhan