Page 37 - REVISTA IMPACTO ED 88
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na contra o patrimônio público.
               O curioso na história da Solurb, como presta-
          dora de serviços, é que vira e mexe e a empresa aca-
          ba se envolvendo em um escândalo que leva para a
          cadeia – por algumas horas, nunca mais que alguns
          dias – figurões que integram sua diretoria. Sempre
          sob as mesmas acusações de terem fraudado lici-
          tações, de montagem de quadrilha, lavagem de
          dinheiro; desvio de recursos públicos, superfatura-
          mento, enfim, toda sorte de maracutaia que se pode
          praticar quando se negocia com o estado.
               Seus sócios vão preso, como é o caso do em-
          presário João Amorim que já é conhecido nos meios
          dos empreiteiros como uma espécie de chave de ca-
          deia, de tanto que abrem e fecham portas de celas
          para ele entrar e sair. E olha que ele tem costas largas,
          pois é irmão da deputada estadual Antonieta Amorim
          e ex-cunhado do ex-prefeito de Campo Grande, Nel-
          son Trad Filho, logo tio dos filhos do hoje candidato a
          senador da República pelo PTB.
               Mas, voltando ao assunto, os sócios da Solurb
          vão preso, os representantes do Ministério Público –     João Amorim se tornou uma espécie de chave de
          seja Federal ou seja Estadual, a prisão – dão longas       cadeia de tanto que MPE e MPF determinam
          entrevistas relatando os estragos causados ao patri-         a prisão dele (que sempre acaba solto)
          mônio público e no outro dia os caminhões da Solurb
          estão nas ruas recolhendo o lixo.                    por parte da Prefeitura a empresa não teria como ad-
               Na época do ex-prefeito Alcides Bernal (PP), as   quirir combustível para abastecer os veículos utiliza-
          relações entre a Prefeitura e a Solurb estremeceram   dos na coleta de lixo.
          o então prefeito suspendeu temporariamente os pa-          E nesse lengalenga, cada vez que sai uma li-
          gamentos pelos serviços executados pela empresa      citação que envolve milhões de reais e lixo, seja em
          que tem um contrato de 30 anos com a municipa-       Campo Grande, seja em qualquer lugar do Estado,
          lidade com valor próximo de R$ 3 bilhões de reais    lá está o consórcio liderado pela Solurb participan-
          (isso mesmo: R$ 3.000.000.000,00).                   do e fazendo com que o MPE e o MPF tenham tra-
               Uma semana depois da suspensão do paga-         balho porque, normalmente, as licitações acabam
          mento dos serviços – por medição – os empresários    “meladas”, ou seja, anuladas e, enquanto se discu-
          da Solurb determinaram a paralisação dos serviços    tem nos tribunais o certo e o errado, a Solurb con-
          sob a alegação de quem sem o pagamento semanal       tinua faturando alto com o lixo nosso de cada dia!.


























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