Page 106 - Caçador de Empera: Monstros
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Caçador de Empera: Monstros

                     —  Cumpri  meu  trabalho.  Me  tornei  mais
              poderoso do que qualquer homem jamais se tornara. Se
              esta  guerra  continuar,  meu  trabalho foi  cumprido  em
              vão.  Eu  vim  a  este  mundo,  pelos  poderes  de  nossa
              Deusa Ervit, para trazer paz aos seus filhos, mas nem
              eles  próprios  estão  em  paz  uns  com  os  outros.
              Humilhem-se perante seus inimigos, arrependam-se de
              seus feitos terríveis contra seus irmãos.
                     Todos  aqueles  guerreiros  comovem-se.  Certos
              loucos  ainda  se  irritam  e  procuram  guerra,  por
              felicidade são poucos. A grande parte solta suas espadas
              na neve que havia se acumulado no chão, seus martelos
              e  machados  nas  rupturas  que  estavam  abertas,  suas
              aljavas são removidas de suas costas e largadas aos seus
              pés. As fendas no campo de batalha são fechadas pelos
              terremotos que fazem tal trabalho.
                     — Decreto o fim desta guerra! — diz o Caçador.
              Ao  terminar  de  dizer  em  elevação  a  última  letra  da
              última  palavra  de  sua  frase,  todos  os  que  haviam
              desistido desta sanguinária e milenar guerra alegram-
              se.  Palmas,  berros  e  escândalos  de  alegria  podem  ser
              ouvidos até pelos que estavam do lado de dentro dos
              muros de Fįstn.

















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