Page 291 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E SUAS INTERFACES: Conversar para conhecer
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 033.870.533-39 Natana Cristina Pacheco Sousa Escola de Saúde Pública do Ceará ESP
034.129.243-50 Sara Maria Oliveira Bandeira Faculdade Ateneu
001.141.393-00 Ana Paula Brandão da Silva Farias Conselho Regional de Enfermagem do Ceará
875.443.343-68 Jamille Santos Flôres Associação dos Enfermeiros do Ceará ASSEC
003.308.573-04 Francisca Lidiane Paiva de Souza Escola de Saúde Pública do Ceará ESP
Resumo
Introdução: A atenção Primária a Saúde propicia um cuidado integral, visto sua completude de abordagem, possibilitando ao
profissional maiores campos de prática. É notório o índice de violência presente em nossa sociedade, é necessário fortalecer o vínculo e
estimular a denúncia dos casos identificados, a mulher deve se sentir ouvida e acolhida. Mulheres que sofrem violência trazem a dor física e
principalmente a emocional, um misto de sentimentos como a culpa, dependência e constrangimento que contribuem para a diminuição das
denúncias. A sociedade precisa dar voz ás mulheres e desmitificar a cultura patriarcal, predominante nos casos de violência.
Objetivos: Estabelecer vínculo com as mulheres da comunidade, identificar possíveis casos de violência doméstica, formular uma
rede de apoio as mulheres vitimas de violência, encaminhar os casos identificados para as entidades responsáveis, promover
educação em saúde as mulheres. Metodologia: Experiência realizada por meio de pesquisa-ação, a roda de conversa foi realizada no mês
de Maio de 2017, na zona rural do município de Itapipoca/Ce, a população foi composta por mulheres da comunidade e a amostra por
todas as mulheres que estavam presentes no salão comunitário. O tema discutido foi a violência contra a mulher e sua interface, a atividade
teve duração de duas horas. Resultados: Compareceram ao evento 15 mulheres, com faixa etária predominante de 20 a 35 anos, donas de
casa, sem renda fixa. Dividiu-se o encontro em três momentos: acolhimento, exposição dos conceitos de violências e depoimentos. A troca
de experiência e a definição do que é violência para cada uma delas pode identificar pontos relevantes em suas rotinas. Notou-se
um incômodo inicial ao tratar o assunto. Conclusão: Recomenda-se o fortalecimento das redes de apoio às mulheres vítimas de
violência, estimulando o debate e os depoimentos, a fim de empoderar e encorajar a denúncia. Considera-se a importância das rodas de
conversa uma forma simples e eficaz de debater assuntos pertinentes como a violência contra a mulher e a repercussão em seus núcleos
sociais.