Page 544 - ANAIS ENESF 2018
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           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           Relato de vivências dos fisioterapeutas do Núcleo Ampliado de Saúde da Família no município de Pacajus, Ceará

           Autores
           PRINC          APRES            CPF                             Nome                                                               Instituição
               x        x    014.350.743-51  MILENA SANTOS BELEZA     PREFEITURA MUNICIPAL DE PACAJUS /
                             929.491.853-04  Carolina de Lourdes Gomes da Silva PREFEITURA MUNICIPAL DE
                             971.931.513-04  Andreza de Alacoque Pinto Costa  PREFEITURA MUNICIPAL DE
                             966.109.563-91  Jaqueline Alves Ferreira  PREFEITURA MUNICIPAL DE
           Resumo
           O Fisioterapeuta, como profissional integrante dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), necessita uma
           constante avaliação do seu processo de trabalho, imergindo nas possibilidades que a atenção primária a saúde proporciona. Este presente
           trabalho tem como objetivo conhecer os fatores fortalecedores e limitantes das ações dos fisioterapeutas do NASF-AB no município de
           Pacajus, Ceará, e através da elucidação desses, qualificar a atuação da Fisioterapia. A experiência ocorreu no município de Pacajus-
           CE, entre março de 2017 e maio de 2018, na área de abrangência da equipe do NASF-AB, compreendendo 18 unidades de
           saúde da família, direta ou indiretamente assistidos pela equipe. Durante esse período muitas barreiras foram vencidas em virtude do
           assistencialismo e ideal reabilitador e curativo que ainda permeia a fisioterapia em detrimento às atividades preventivas incentivadas na
           Atenção Básica. Observou-se esse padrão enraizado na população e gestores, o que levou os profissionais a desenvolverem estratégias
           de estudo da portaria que regula o NASF-AB para fortalecer a atuação e evitar reproduzir um método equivocado de atividades.
           O  estudo  das  portarias  permitiu  que  os  fisioterapeutas  reavaliassem  o  processo  de  trabalho,  rompendo  o  modelo
           predominantemente assistencialista e individualizado, vislumbrando efeitos significativos nos dados de saúde do E-SUS (plataforma digital
           de dados), demonstrando o aumento das atividades coletivas em relação aos atendimentos individuais. Com isso, a parceria com as
           equipes de saúde da família estreitou-se, incluindo ações coletivas com outros equipamentos sociais municipais, fortalecendo a rede de
           apoio, rumo à intersetorialidade. As visitas domiciliares inicialmente eram demandas reprimidas de acompanhamento individualizado da
           atenção básica e secundária sobrecarregada, levando a uma assistência convencional pelos fisioterapeutas, afastando-se dos princípios do
           NASF-AB. Entretanto, aos poucos, ampliaram-se as reuniões entre as equipes de saúde e, em consequência, a construção conjunta
           de direcionamentos, como discussão de casos, interconsultas, matriciamento e encaminhamentos. Diante dessas vivências,
           observamos a importância de repensar as práticas dentro da área de atuação da fisioterapia, possibilitando um cuidado integrado
           à população e a valorização do NASF-AB na promoção de saúde.
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