Page 648 - ANAIS ENESF 2018
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           Evento Integrado
           Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
           Título
           Características dos atendimentos antirrábicos humanos pós-exposição no estado do Ceará, 2007-2016
           Autores
           PRINC   APRES            CPF            Nome                                                               Instituição
              x      x    618.968.963-91  Kellyn Kessiene de Sousa Cavalcante  Secretaria da Saúde do Estado do Ceará
                          615.599.463-34  Tatiana Cisne Souza        Secretaria da Saúde do Estado do Ceará
                          134.212.203-87  Sheila Maria Santiago Borges  Secretaria da Saúde do Estado do Ceará
                          664.289.803-63  Daniele Rocha Queiroz Lemos  Secretaria da Saúde do Estado do Ceará
           Resumo
           Introdução: A profilaxia antirrábica pós-exposição é indicada para pessoas expostas ao vírus rábico. Todos os atendimentos devem ser
           cadastrados na ficha de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Objetivo: Caracterizar o perfil dos
           atendimentos antirrábicos humanos no estado do Ceará, no período de 2007 a 2016. Metodologia: O estudo é descritivo e transversal. Os
           dados das fichas de investigação de atendimento antirrábico humano do Ceará foram organizados em planilhas e calculadas as frequências
           absolutas e relativas das variáveis socioeconômicas e clínicas dos casos atendidos. Resultados: Nesse período, houve 261.397
           notificações de atendimentos antirrábicos, com uma tendência crescente nos coeficientes de incidência dos atendimentos, merecendo
           destaque o ano de 2015 (40,43 atendimentos por 10 mil habitantes). A maior frequência de notificações ocorreu em pessoas na faixa etária
           de 20 a 29 anos de idade (33.814 atendimentos; 12,9%), do sexo masculino (139.354; 53,3%) e com residência na zona urbana
           (170.585; 65,3%). A espécie agressora predominante foi a canina (69,9%). A exposição por mordedura foi a maior responsável
           pelos atendimentos antirrábicos, com 223.253 (85,4%) notificações, localizada principalmente nas mãos/pés (37,6%). Os ferimentos únicos
           (54,9%) do tipo superficial (44,1%) foram mais frequentes. Do total de agressões por cães e gatos, 65,8% eram passíveis apenas de
           observação; no entanto, o tipo predominante de tratamento foi a observação do animal juntamente com a vacina (47,6%). Conclusões:
           Houve uma alta quantidade de atendimentos antirrábicos humanos registrados no Ceará, principalmente na faixa etária adulta da zona
           urbana, sendo a espécie canina responsável pela maioria das agressões. A elevada indicação de profilaxia pós-exposição sugere que a
           observação do animal agressor e uma avaliação criteriosa do perfil epidemiológico podem reduzir a prescrição desnecessária de
           vacina antirrábica humana e o desperdício de recursos. É fundamental que os profissionais de saúde sigam as Normas Técnicas do
           Ministério da Saúde e atuem de forma integrada para instituir o tratamento antirrábico, com critério e segurança.
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