Page 683 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
"NÓS, PROFISSIONAIS DOS VÍNCULOS, TRABALHADORES DA VIDA": reorganizando o acolhimento com classificação de risco e
vulnerabilidade à demanda espontânea em um Centro de Saúde da Família
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 053.897.903-83 BIANCA WAYLLA RIBEIRO DIONISIO Centro Educacional Vencer
040.780.003-47 Dassayeve Távora Lima Universidade Vale do Acaraú
038.730.703-67 Paulo Cesar de Moura Luz Universidade Federal do Piauí
Resumo
A Política Nacional de Humanização traz o acolhimento como uma atitude, que implica diretamente nas relações interpessoais e é
construído de forma coletiva, objetivando edificar relações de confiança, compromisso e vínculos com sua rede socioafetiva.OBJETIVO: O
desejo de intervir no acolhimento à demanda espontânea implementando a classificação de risco e vulnerabilidade por cores em um Centro
de Saúde da Família (CSF) na cidade de Sobral/CE, nasce ao vivenciarmos esse espaço como um momento de encontro (des)encontro
entre usuários e profissionais, além de experienciar situações conflituosas. METODOLOGIA: Pesquisa/intervenção com abordagem
qualitativa, com duas equipes de saúde da família que compõe um CSF, por meio de 5 encontros entre os meses de novembro de 2016 a
fevereiro de 2017. Adaptamos o Método do Arco de Charles de Maguerez, que parte da metodologia da problematização. Utilizamos a
observação participantes, o diário de campo e categorização temática. Iniciamos após aprovação do comitê de ética e seguimos os
pressupostos do Conselho Nacional de Saúde nº 466/2012.RESULTADOS: Através do quebra-cabeça do cuidado e a oficina das
sensações dialogamos sobre a proposta da intervenção e a sensibilização da equipe sobre o acolher, o cuidar e o confiar. A partir do
segundo encontro, desenvolvemos as etapas do Arco. Abraçamos o teatro, como metodologia participativa para problematizar a realidade
vivenciada. Consequentemente, surge a segunda etapa do Arco, identificação dos pontos-chave, para serem discutidos e problematizados
no outro encontro, a fim de (re)significar saberes e práticas para transformação da realidade. No quarto desenvolvemos as hipóteses de
solução: a) educação permanente bimensal; b) construção de um fluxograma; c) classificação de risco por cores com base no diagnóstico
epidemiológico e sociocultural da comunidade e d) elaboração de uma cartilha com intuito de viabilizar a sustentabilidade da intervenção. No
último encontro avaliamos a implementação da intervenção. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ressaltamos que para transformação das práticas
de saúde, reorientação dos modelos de atenção e consolidação dos princípios e diretrizes do SUS o acolhimento é uma estratégia
primordial, entendemos que esse garanti o acesso equânime e universal aos serviços de saúde. Acreditamos que esta intervenção foi
oportuna e valiosa, pois ficou nítido nas falas e na prática a ressignificação das atitudes, percepções e relações entre os profissionais e
comunidade.