Page 758 - ANAIS ENESF 2018
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Evento Integrado
Seminário Preparatório da Abrasco - 25 Anos da ESF
Título
A TERRITORIALIZAÇÃO COMO METODOLOGIA NORTEADORA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE
UMA EQUIPE DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
Autores
PRINC APRES CPF Nome Instituição
x x 019.788.393-16 Camilla Saldanha Martins Escola de Saúde Pública
020.738.453-39 Bráulio Costa Teixeira Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará
604.006.793-45 Priscila da Silva Barbosa Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará
045.325.783-61 Ana Lígia Maia da Silva Costa Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará
852.254.523-53 Érika Rachel Pereira de Souza Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará
017.289.753-01 Antonio Adriano Sousa Barros Filho Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará
Resumo
INTRODUÇÃO: A territorialização reflete a multidimensionalidade do vivido territorial pelos membros de uma coletividade, pelas sociedades
em geral. Esta, além de agrupar uma dimensão mais estritamente política, diz respeito também às relações econômicas e
culturais, pois está profundamente ligada ao modo como as pessoas se organizam no espaço e como elas dão significado ao lugar. A
territorialização em saúde coloca-se como uma metodologia capaz de operar mudanças nas práticas sanitárias e no modelo
assistencial, baseando-se no reconhecimento do território. OBJETIVO: Descrever o processo de territorialização desenvolvida por
uma equipe de residência multiprofissional do estado do Ceará. METODOLOGIA: Realizaram-se, pela equipe de residência, visitas
aos equipamentos de saúde, bem como aos dispositivos que compõe o território e que de alguma maneira dialogam com a atenção
primária do município. Posteriormente às visitas, estruturamos oficinas de territorialização com participação popular, profissionais de saúde,
usuários, lideranças comunitárias e gestão, para apreender e registrar as fragilidades e potencialidades das áreas em questão. As oficinas
foram planejadas e executadas nas áreas que serão contempladas pela equipe de residência, compreendendo os limites territoriais e que
correspondem a cada Unidade Básica de Saúde. RESULTADOS: Durante a realização das visitas, a equipe de residência
priorizou a escuta e compreensão a respeito do funcionamento dos equipamentos, ouvindo dos profissionais, o que os mesmos percebem
como pontos de fragilidade e potencialidade em seus respectivos territórios de atuação. Também foi possível visualizar como está
construída a comunicação intersetorial entre a saúde e os diversos equipamentos da sociedade. Nas oficinas de territorialização foi feita
a captação de dados, falas e indagações, por meio de uma metodologia participativa que tornou mais dinâmica e eficiente o processo de
captura das falas dos atores. A partir dos diferentes pontos de vista, todo juntos, buscaram priorizá-los e encontrar ações para solucioná-los.
CONCLUSÕES: A territorialização tratou-se de um método rico e importante para os residentes no contexto da atenção primária à saúde,
pois possibilitou uma visão diagnóstica dos espaços e das práticas de saúde de modo de modo abrangente, criando possibilidades de
atuação, canais de diálogo e possíveis estratégias de intervenção nas respectivas áreas de cobertura da equipe de residência.