Page 126 - ANAIS - Oficial
P. 126
ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. PRAZO
PRESCRICIONAL. PRAZO DE TRÊS ANOS. INAPLICABILIDADE DO
ARTIGO 1º DO DECRETO N. 20.910/32. TERMO A QUO. CIÊNCIA DOS
EFEITOS LESIVOS.1. O entendimento jurisprudencial do STJ pacificou-se no
sentido de que se aplica o art. 206, § 3º, inc. V, do CC/02, nos casos em que se
requer a condenação de entes públicos ao pagamento de indenização por danos
materiais/morais.2. Conforme o princípio da actio nata, o prazo prescricional da
ação visando à reparação de danos inicia no momento em que for constata a lesão e
os seus efeitos. Precedentes: AgRg nos EDcl no REsp 1.074.446/GO, 2ª Turma,
Rel. Min. Humberto Martins, DJe 13.10.2010; AgRg no Ag 1.098.461/SP, 4ª
Turma, Rel. Min. Raul Araújo Filho, DJe 2.8.2010; AgRg no Ag 1.290.669/RS, 1ª
Turma, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, DJe 29.6.2010; REsp 1.176.344/MG, 2ª
Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe 14.4.2010.3. Na hipótese dos autos, a
pretensão do recorrido se encontra prescrita, pois, conforme asseverado na origem,
o recorrido tomou conhecimento da extensão do dano sofrido em 10.10.2003
enquanto essa ação foi proposta tão-somente em 1.8.2007.4. Recurso especial
provido. (STJ, T2 – Segunda Turma, REsp 1.213.662/AC, Rel. Min. Mauro
Campbell Marques, j. 07/12/2010, p. DJe 03/02/2011).
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. PRESCRIÇÃO.
TERMO INICIAL. MOMENTO DA CONSTATAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS
LESIVAS DECORRENTES DO EVENTO DANOSO. PRINCÍPIO DA ACTIO
NATA. SÚMULA 83/STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.1. Na
hipótese dos autos, o recorrente sustenta a prescrição desta ação ao asseverar que o
prazo prescricional deve ser contado a partir do momento do evento danoso,
independentemente da ciência dos efeitos das lesões. 2. Segundo a orientação
jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça, o termo inicial do prazo
prescricional das ações indenizatórias, em observância ao princípio da actio nata, é
a data em que a lesão e os seus efeitos são constatados. Incidente, portanto, o óbice
da Súmula 83/STJ. 3. Agravo regimental não provido. (STJ, T2 – Segunda Turma,
REsp 1.248.981/RN, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 06/09/2012, p. DJe
14/09/2012).
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL.
APREENSÃO DE VEÍCULO REVERTIDA JUDICIALMENTE. DANOS
EMERGENTES. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. PRINCÍPIO DA ACTIO
NATA. AÇÕES INDENIZATÓRIAS AJUIZADAS CONTRA A FAZENDA
PÚBLICA. PRAZO PRESCRICIONAL QÜINQÜENAL.1. O curso do prazo
prescricional do direito de reclamar inicia-se somente quando o titular do direito
subjetivo violado passa a conhecer o fato e a extensão de suas conseqüências,
conforme o princípio da actio nata. Precedentes. 2. No caso em questão, não há falar
em ocorrência da prescrição, pois o recorrido somente tomou ciência dos danos
ocorridos no veículo com sua devolução. 3. Esta Corte, no julgamento do REsp
1.251.993/PR, submetido ao Rito dos recursos repetitivos, firmou entendimento no
sentido de que mesmo nas ações indenizatórias ajuizadas contra a Fazenda
Pública, se aplica o prazo prescricional qüinqüenal do art. 1º do Decreto 20.910/32.
4. Recurso especial não provido. (STJ, T2 – Segunda Turma, REsp 1.257.387/RS,
Rel. Min. Eliana Calmon, j. 05/09/2013, p. DJe 17/09/2013).
19. Ora, se em julgados proferidos contra a Fazenda Pública é admitida a actio nata,
com muito maior razão ela deve ser encampada para a proteção do erário, por analogia in
bona partem.
20. Também na seara ambiental e do direito do consumidor o Superior Tribunal de
Justiça se firmou favoravelmente à actio nata. De molde, verbis:
AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSO CIVIL. CONSUMIDOR. RECURSO
ESPECIAL. ART. 27 DO CDC. PRESCRIÇÃO. TERMO A QUO. PRINCÍPIO DA
125