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Erasmus+, Creative teaching and Learning, Dover, abril 2018
         A única fonte do Saber é a experiência



             Sabia, há
          um  ano, que, o
          projeto culmina-
          ria em Dover.

          Um ano é muito
          ou pouco tem-
          po. Como todo
          o tempo, aliás.
          Ao longo dos
          meses, fomos
          conversando,
          acrescentando
          ideias, limando
          arestas. Não
          estávamos ner-
          vosos. Não estávamos para sermos os melhores. Estávamos como eu sempre achei que devemos estar:
          confiantes, serenos e expetantes de nem sei o quê.

          Estávamos livres, diria. Soltos, todos, professores e alunos, para sermos o que pudéssemos ser; sem
          "parecer bem", sem confronto, mais no despir a camisola do que na de a vestir. Como eu gosto.

          E, aquela semana, teve o sol, o olhar de manhã para o lado de lá, o continente ali tão perto, as histórias
          do meu pai a virem em cada onda, a praia, e o calcário, as suas conchas, e todas as criaturas marinhas
          sedimentadas em milhões de anos.

          O tempo a erodi-lo, e nós, ali à volta com os "miúdos", tão novos, sem memórias do local, tão sem história
          e com todo o futuro!

          Foi também o colégio. A partilha, as diferenças. O conhecer o que nem sabia se era bem assim... e resul-
          tou em pleno!

          De Londres, um dia apenas, nem falarei… Quem sabe de Londres, sabe que Londres se sente. Falar é
          ficar aquém. Voltaremos! Citando Dickens: "Please, Sir! I want some more (in "Oliver Twist")
          "Blue Birds over the Cliffs of Dover",
          cantava Vera Lynn, há muitas déca-
          das atrás -(Cliffs ,a primeira coisa a
          ser vista por amigos e inimigos quan-
          do se aproximavam da costa inglesa).

          Quando chegámos, trazíamos a me-
          mória doce: aquela coisa super calóri-
          ca e hiperglicémica.

          E, nos lábios, o sorriso do, nestes
          tempos tão efémeros, em que o que
          importa é o fugaz e movediço, o ter
          ficado. Perdurável!

          Teresa Amaro

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