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46 | Filosofia como Remédio para a Solidão

ambos têm medo que os pais morram. No caso infantil,
a criança pode apresentar sintomas atípicos como so-
matização difusa, transtorno alimentar, enurese (mic-
ção noturna), medo de dormir sozinho ou com a luz
apagada. No caso dos adolescentes, há a expressão
acentuada de mau-humor, diminuição do rendimento
escolar, adoção de condutas de risco (consumo de be-
bidas, drogas, etc.) e de comportamento parasuicida.
Nestes casos, pode-se suspeitar de um transtorno de-
pressivo.
Apesar de alguns medicamentos antidepressivos
demonstrarem ser efetivos no tratamento de crianças e
adolescentes com transtorno depressivo, é importante
assinalar que, devido ao processo de desenvolvimento
deles, é preferível adotar procedimentos psicoterápicos
do que insistir na utilização exclusiva de tratamento
farmacológico.
De forma geral, a maioria das pessoas, em algum
momento de sua vida, vivencia situação de depressão.
É preciso esclarecer que há vários graus de estado de-
pressivo, desde um problema leve até uma enfermi-
dade que ameaça a vida. No entanto, a depressão é cu-
rável. A ciência médica tem avançado na identificação
de determinados fatores que se fazem presente na sín-
drome depressiva.
Existe já um consenso de que o desequilíbrio de
substâncias químicas (neurotransmissores) no cérebro
pode causar depressão e que muitos outros fatores, tais
como: tensão crônica, enfermidade grave, crise afe-
tivo-emocional provocada pela perda de um ente que-
rido, reações a substâncias farmacológicas, abuso de
álcool e drogas, e outros problemas de saúde mental,
podem provocar tal desequilíbrio. Algumas pessoas