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Cochilo na rede


                    O vento que sinto em todo o meu corpo
                    não é percebido apenas pelo tato:
                    ele conversa comigo e entende meus suspiros.

                    Juntos desfraldamos velas de caravelas
                    carregadas de lembranças, sonhos,
                    desejos, planos, segredos.

                    Além disso, os marujos
                    a bordo estão sob o meu comando
                    e sedentos por saques,
                    conquistas, mulheres e noitadas
                    regadas a rum, música e dança,
                    tanto faz se em tabernas ou em bares.

                    Enquanto isso, a rede balança no oceano de
                    uma varanda repleta de tarde e de verão.

                    Adormeço pirata e, decepcionado,
                    sou acordado para comprar pão!
























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