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Meditação e ansiedade


                    Quando fecho os olhos para meditar,
                    não busco me sentir conectado a um “todo cosmológico”,
                    muito menos “energizar-me” ou
                    “encontrar a verdadeira paz”, nada disso.
                    Minha meditação não tem
                    nenhuma relação com a metafísica.
                    Ao fechar os olhos, percebo-me quase sempre agitado
                    — uma agitação difícil de ser notada
                    sem essa parada estratégica.

                    Aos poucos a respiração torna-se
                    mais profunda e compassada.
                    O ritmo dos batimentos cardíacos começa a diminuir.
                    Nesse processo de relaxamento, fico atento ao que penso
                    e tento observar os pensamentos que
                    rodopiam em minha mente.
                    No que penso? No que não quero pensar?
                    Por que não consigo deixar de pensar
                    no que não quero pensar?
                    Por que é tão difícil pensar no que quero pensar?
                    O que devo inspirar e expirar para me acalmar?

                    Obtendo ou não respostas, ao final da meditação,
                    mesmo que breve, sinto-me melhor, menos ansioso,
                    menos tenso e mais consciente do que me
                    atormenta, do que ocupa a minha mente.
                    Quando não medito, eu sinto falta
                    desses quinze minutos diários de relaxamento e
                    que fazem tanta diferença para quem lida,
                    briga, luta e labuta contra a ansiedade.
                    E somos muitos e de todas as idades!







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